Eleito há cerca de dois meses como secretário-geral do partido Podemos e bem antes de tomar posse, Alberto Ferreira deu o pé para trás ao renunciar ao cargo.
Trata-se de uma decisão que surge depois de um processo eleitoral polémico que chegou à justiça pelas suas próprias mãos para impedir uma segunda volta.
Mesmo depois de o Tribunal Judicial de Kampfumo ter decidido a favor da sua eleição, ao suspender a repetição do escrutínio, Ferreira decidiu recuar.
Em entrevista à nossa equipa de reportagem, o porta-voz do partido, Duclésio Chico, explicou que Ferreira foi movido por razões pessoais.
“Confirmamos a informação da designação da candidatura de Alberto Ferreira, um dos candidatos que concorreu ao cargo de secretário-geral. Foi uma decisão pessoal, ele preferiu submeter a resignação, mesmo por uma questão patriótica e também democrática.”
De acordo com o porta-voz do Podemos, Alberto Ferreira continua membro do partido e ocupa outros cargos.
“Ele é membro sênior do Podemos. É um dos fundadores e tem vários cargos e têm ocupações no processo de Diálogo Político Nacional Inclusivo”.
Os mecanismos de nomeação do novo secretário-geral só poderão ser anunciados depois da décima segunda sessão do Conselho Político do partido.
“Amanhã teremos esta reunião, onde vamos deliberar e este é um dos temas a ser abordado. Posteriormente, falaremos a imprensa”.
Os resultados das eleições, realizadas entre 24 e 25 de Maio, foram rejeitados pela comissão eleitoral, supostamente por Ferreira não ter tido maioria absoluta.
Fonte: O País