O treinador do FC Porto, Martín Anselmi, antecipou este domingo um jogo difícil ante o Rio Ave, frisando a importância de focar apenas e só no próximo jogo, sem olhar ao que já ficou para trás ou ao que vem aí mais à frente.
Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo marcado para as 20h45 de segunda-feira, Anselmi respondeu ainda sobre se espera ver equipas tão fechadas em Portugal como viu no México e garantiu, nesse sentido, que não vão rotulá-lo ao que quer que seja como treinador.
«No final [ndr: no México] as equipas fechavam-se mais, ganharam um certo respeito e cediam a bola e o campo, tentando aproveitar as transições. O Santa Clara recordou-me muito os últimos jogos no Cruz Azul, não é fácil obrigar um bloco tão baixo como vimos, há que ser eficazes e creio que passa por aí, tratar de ir jogo a jogo, aprendendo com o que o adversário faz, para ir mudando e procurar alternativas. Vai haver jogos em que construímos com três, com dois, em que jogamos com um avançado ou com dois», afirmou.
«Disse já não sei quando, creio que foi na antevisão à Liga Europa: querem rotular-me a uma coisa e não vão rotular-me a nada, porque é o rival que me diz como podemos atacar e como podemos fazer-lhe dano. No futebol, há que construir e desconstruir sempre. A partir daí, é o meu trabalho como treinador, para dar ferramentas aos jogadores para enfrentar os jogos», concluiu Anselmi, no final da conferência de imprensa, já depois de ter falado do Rio Ave.
«É um adversário que só tem uma derrota em casa, vai ser o nosso primeiro jogo para a Liga e com o Rio Ave, mas nem por isso desconhecemos o campo e o cenário. Investigámos e disseram-nos que é um campo difícil, que tem condições que podem afetar o jogo. Parece-me uma equipa forte em casa, que joga bem por dentro, encontra bons espaços, parece-me que vamos ter de ter cuidado e competir», observou.
Sobre se falou com os jogadores sobre as especificidades do futebol português, numa altura em que chegou a meio da época e com um calendário apertado, Anselmi sublinhou a importância de, dentro do que quer construir com a equipa, ir passando informação boa e concisa.
«Temos clara a radiografia do cenário, ao chegar a um clube e trabalhar no imediato e num modelo de jogo que requer funcionamento. É ir dando aos jogadores a melhor informação e mais concisa, para ir entendendo, corrigindo e melhorando. Não é a minha ideia de jogo: nós propomos algo, o jogador interpreta, dá o seu feedback e partir daí construímos a ideia de jogo. Aqui não se fazem as coisas porque eu as digo, há esse poder de adaptação e flexibilidade para entender, não gosto de limitar o futebolista», frisou.
Fonte: Mais Futebol