Arouca-Rio Ave, 1-1 (crónica)

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A conclusão da jornada 21 colocou frente a frente Arouca e Rio Ave, separados por dois pontos e duas posições na tabela. 1-1 foi o resultado final de um encontro bem disputado, em que dois lances de génio mantiveram tudo igual entre arouquenses e vila-condenses.

Relativamente ao último encontro para a Liga, Vasco Seabra promoveu o regresso de Jose Fontán para o lugar do castigado Popovic. Já Petit, no Rio Ave, promoveu dupla troca: Andreas Ntoi e André Luiz renderam Petrasso e Tiago Morais.

Ora carrego eu, ora carregas tu

A partida arrancou com uma forte pressão dos Lobos de Arouca, que desde bem cedo procuraram causar mossa aos rioavistas. Corria o minuto 5 quando Trezza concluiu o primeiro lance de enorme perigo: solicitado por um cruzamento de Weverson, o extremo uruguaio não conseguiu encaminhar o esférico para a baliza.

A carga arouquense manteve-se em altas até à meia hora de jogo, porém, chegando ao ataque, a tomada de decisão, especialmente de Henrique Araújo, não era a mais eficaz, retirando todo o perigo a situações bastante perigosas. A mais flagrante pertenceu a Weverson, num lance em que o lateral entrou na área e rematou cruzado, com a bola a passar bem perto do poste esquerdo.

Da meia hora em diante, os vila-condenses começaram a ameaçar Mantl, atacando principalmente pela faixa esquerda: aos 32m, Kiko Bondoso, com um remate cruzado em arco, e Vrousai, com um cabeceamento ao primeiro poste após um canto, obrigaram o guardião alemão a esmerar-se nas suas intervenções. Até ao intervalo, pelo meio de algumas paragens, o encontro foi-se partindo.

Segundo tempo de arranque morno, mas final escaldante

O frio que se fazia sentir em terras de Santa Mafalda transportou-se também para o jogar de ambas as equipas no início da segunda parte. Tanto os caseiros como os visitantes passaram os primeiros minutos com maior tranquilidade, sem tantas aproximações à área como no primeiro tempo.

O tempo tudo cura e, pela hora de jogo, a temperatura voltou a subir dentro de campo. Primeiro, foi Kiko Bondoso a tentar de novo a sua sorte, novamente sem sucesso. Sylla deu a resposta arouquense, na sequência de um canto, em que atirou de fora da área e fez a bola passar bem perto do poste direito.

Sentia-se que ambas as equipas precisavam de fazer algo de diferente, disruptivo até, para balançar as redes. Aí, o laboratório de bolas paradas arouquense surpreendeu. Ao minuto 71, com Jason e David Simão junto da bola para a cobrança de um livre, todos esperavam o mais que previsível cruzamento direto. Mas, surpreendentemente, gerou-se uma eficaz e ousada troca de passes, que culminou com um míssil de Fontán para o fundo das redes. O lance passou pelo crivo do VAR por possível fora de jogo, mas a equipa de arbitragem acabou por validar o golo.

Até final, ambas as equipas deram tudo o que tinham e podiam ter marcado (especialmente os arouquenses), mas as temperaturas altas levaram a decisões pouco acertadas. Até que, na reta final do encontro, Tiago Morais apresentou-se totalmente inspirado e atirou um foguete para o canto superior esquerdo, não dando qualquer hipótese a Nico Mantl.

Com este empate a uma bola, Arouca e Rio Ave mantêm-se nos mesmos postos da tabela. Na próxima jornada, os arouquenses deslocam-se ao terreno do Sporting, ao passo que os rioavistas vão receber o AFS.

FIGURA: Jose Fontán

De regresso após castigo por acumulação de amarelos, o central espanhol do Arouca voltou a confirmar o bom momento de forma que tem evidenciado, juntamente com o seu companheiro de centro da defesa e a equipa como um todo. Competente na defesa, ao lutar intensamente com Clayton, foi também ele o autor do golo arouquense, com um potente remate à queima-roupa.

MOMENTO: Os golos de ambas as equipas

Num encontro muito bem disputado e com dois bons golos, torna-se bem difícil escolher qual dos dois foi o melhor. O FC Arouca adiantou-se no marcador aos 71m, com um lance de laboratório que apanhou toda a gente de surpresa. Já Tiago Morais, a pouco tempo do final, inspirou-se e atirou um foguete para o fundo da baliza.

POSITIVO: O bom futebol de ambas as equipas

O dia e a hora do encontro podem até não ter sido muito convidativos para o público, mas ambas as massas adeptas ficaram agradadas com o jogar das duas equipas. Excetuando alguns pormenores, principalmente na tomada de decisão no ataque, globalmente assistiu-se a um bom jogo entre duas equipas que têm estado em boa forma.

Fonte: Mais Futebol

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