Baldé recorda insultos racistas frente ao Getafe: «Há que denunciar»

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Episódios racistas em estádios espanhóis continuam a ser notícia. Desta feita, foi Alejandro Baldé, defesa do Barcelona, a denunciar «vários insultos racistas», oriundos das bancadas, durante o jogo com o Getafe, no passado dia 18 de janeiro, referente à 20.ª jornada da Liga espanhola.

O jogador comentou o episódio, esta terça-feira, na antevisão à partida do Barça frente à Atalanta, para a ronda de encerramento da fase regular da Liga dos Campeões. «Foi uma situação complicada. Fui alvo de vários insultos frente ao Getafe», recordou, salientando, porém, que «por três ou quatro pessoas que insultam não se pode generalizar».

«Há, sim, que denunciar. Depois, a justiça que atue. Pessoalmente, não me afeta que me chamem de negro ou o que quer que seja. Só fiquei surpreendido porque o capitão deles também era negro», acrescentou Baldé, em alusão ao togolês Dakonam Djené.

O incidente no Coliseum Alfonso Pérez, em Madrid, foi igualmente comentado por Javier Tebas, presidente da La Liga, que afirmou que «só o Baldé ouviu os insultos». «Temos de perceber o que se passou. É para isso que existem os delegados no jogo», notou.

Tebas lembra que o organismo que rege o futebol profissional em Espanha já denunciou mais de 560 cânticos intolerantes e encaminhou 40 denúncias para a justiça, dando como exemplos os adeptos de Valência e Maiorca condenados por insultos racistas dirigidos ao brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid.

«A Liga precisa de mais poderes. Temos delegados nos jogos que monitorizam as situações, mas os relatórios são encaminhados para a Federação, para que possa impor sanções. Somos capazes de impor as nossas regras sancionatórias, como fizemos com o controlo económico» dos clubes, defendeu o dirigente.

Falando na comissão de igualdade, no parlamento espanhol, Javier Tebas adiantou ainda que está em marcha o processo de «dissolução e ilegalização da (claque do Atlético de Madrid) Frente Atlético, bem como a tentativa de tornar ilegal a Frente Boquerón (Málaga), porque são grupos que não só usam a violência, como também se envolvem em comportamentos de ódio».

Fonte: Mais Futebol

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