Desta vez, Rio Grande do Sul e Bahia serão beneficiados com investimentos no valor total de quase US$ 560 milhões para projetos com foco em resiliência climática, eficiência fiscal e infraestrutura verde.
A maior parte desta quantia será destinada ao Rio Grande do Sul, o estado que ainda se recupera das severas enchentes, ocorridas no ano passado.
Volta por cima após enchentes severas
O Banco Mundial lembra que o Empréstimo para Desenvolvimento de Políticas de Recuperação Sustentável e Resiliência Climática alocou US$ 359,6 milhões para ações de prevenção e melhor preparação contra eventos extremos no futuro.
A iniciativa tem dois pilares: a resiliência climática e o apoio a população vulnerável que inclui o programa “Volta por Cima” oferecendo assistência financeira imediata a famílias de baixa renda afetadas por desastres, com atenção especial a mulheres chefes de família. O projeto ainda incentiva o empreendedorismo feminino por meio de cotas no programa Mulher Empreendedora.
O segundo pilar é a melhoria da qualidade do gasto público. Aqui, entram a exigência de revisões sistemáticas de despesas associadas ao orçamento e a adoção de um novo marco de avaliação para investimentos públicos, com critérios técnicos, socioeconômicos, ambientais e climáticos.
No caso da Bahia, o Banco Mundial deve destinar US$ 200 milhões para obras de infraestrutura verde e de inclusão energética.
Mobilidade ativa e capacitação das afrodescendentes
No estado nordestino, o Programa de Infraestrutura Sustentável do Estado da Bahia visa transformar os setores de transporte, energia e infraestrutura digital do estado para torná-los mais resilientes, sustentáveis e inclusivos.
Como parte do acordo, a política fiscal pretende aumentar a venda de veículos elétricos para 6% até 2026, promovendo também a mobilidade ativa com capacitação de 1 mil mulheres, especialmente afrodescendentes, no uso de bicicletas até 2027.
O Banco Mundial também quer apoiar a Bahia como polo nacional de hidrogênio de baixo carbono, com concessão de licenças ambientais para pelo menos quatro desenvolvedores do setor.
Combustíveis limpos e desafios
Além disso, será criado um plano de investimento para melhorar o fornecimento de eletricidade a 30 mil consumidores rurais, e instalados 43 MW de energia solar fotovoltaica em 161 edifícios públicos.
E por último, agricultores de regiões semiáridas, especialmente mulheres, contarão com apoio técnico para integrar cadeias de valor de combustíveis limpos, gerando novas fontes de renda e oportunidades econômicas sustentáveis.
Ambos os projetos estão alinhados aos planos de desenvolvimento estaduais e à estratégia do Banco Mundial de apoiar soluções integradas para enfrentar desafios climáticos, sociais e econômicos no Brasil.
*Sidronio Henrique do Banco Mundial, no Brasil, para a ONU News.
Fonte: ONU
