A FIGURA: Leandro Barreiro
Porque Aursnes não começava um jogo no banco há quatro meses, era expectável que fosse ele o sacrificado com o regresso óbvio de Kökcü às opções iniciais. No entanto, Bruno Lage manteve o internacional luxemburguês, que justificou plenamente a escolha do técnico das águias. Por estes dias tem a frescura que tem faltado ao médio norueguês. Pressionante sem bola e intenso com ela, Barreiro não foi só um médio total durante uma primeira parte tremenda. Foi também um atacante com faro de golo. No 1-0 apareceu no vértice da área para uma finalização oportuna e apareceu nas costas da defesa famalicense para dobrar a vantagem dos encarnados. Como se não chegasse, aos 67 minutos apareceu ao segundo poste para completar o hat-trick. Jackpot de Bruno Lage.
O MOMENTO: Leandro Barreiro bisa. MINUTO 36
O Benfica entrou pujante no jogo, fez um golo e manteve a pressão sobre o adversário durante alguns minutos após ter chegado à vantagem, mas antes da meia-hora de jogo já era notória uma desaceleração da equipa de Bruno Lage. Ainda que sem criar perigo, o Famalicão estava a ter alguns momentos de posse de bola no meio-campo ofensivo. O 2-0, num bom desenho ofensivo, deu às águias o conforto que ansiava numa fase da época em que densidade competitiva cansa só de olhar para o calendário.
OUTROS DESTAQUES
Kökcü: alguém muito sábio disse em tempos, não necessariamente desta forma exata, que o difícil no futebol é jogar-se bem de forma simples. Kökcü descodifica o jogo como poucos, mostrando que não é preciso correr-se muito rápido para que o jogo seja veloz. Teve papel fundamental no 2-0 do Benfica e por volta da hora de jogo isolou de forma sublime Pavlidis, mas o avançado grego não conseguiu bater Carevic. Após um calcanhar de Aktürkoglu, fez o 4-0 aos 81 minutos, num remate colocado de pé direito de fora da área.
Schjelderup: titular pelo quarto jogo seguido, somou mais pontos para garantir que aquele lugar deverá continuar a pertencer-lhe pelo menos até ao jogo da próxima terça-feira com o Barcelona. Pôs a cabeça em água aos opositores, ameaçou o golo ainda com 0-0 no marcador e assistiu Barreiro para o segundo e terceiro golos do Benfica. Não lhe faltou fantasia… nem seriedade esta noite diante do Famalicão.
Pavlidis: é um avançado tremendamente associativo, o que serve de justificação para que razão Bruno Lage ainda não o deixado cair da equipa. Assistiu Leandro Barreiro para o 1-0 e voltou a ter oportunidades para marcar, mas ainda não foi desta que voltou aos golos. Na hora de atirar à baliza nota-se a ansiedade. Globalmente, fez um bom jogo, mas continua a faltar-lhe aquilo que fez o Benfica pagar tanto por ele.
Carevic: pouco mais podia ter feito nos golos do Benfica (quase travou o segundo) e ainda teve momentos de brilho. Adiou o 1-0 a Schjelderup, negou um golo a Pavlidis e esticou-se para negar o 4-0 a Schjelderup, levantando-se a tempo para outro voo a remate de Kökcü. O melhor do Famalicão.
Fonte: Mais Futebol