A FIGURA: Pavlidis
À falta de golos, foi o sentido coletivo que manteve o grego na equipa de Bruno Lage. Os números com que chegou à Luz davam a entender que havia um qualquer bloqueio mental que parece ter sido resolvido naquela louca noite de Champions em que fez três golos ao Barcelona em meia-hora. De lá para cá, em cinco jogos faturou por sete vezes, metade do número de golos que leva de águia ao peito. Neste sábado fez o 1-0 de penálti e bisou depois numa finalização fácil, mas que para ele pareceu difícil durante tanto tempo. Do banco, o reforço Belotti – que entrou aos 70 minutos para o lugar dele – terá ficado com a sensação de que vai… ver-se grego para ganhar o lugar.
O MOMENTO: dupla defesa de Trubin. MINUTO 45+6
Otamendi tinha reposto minutos antes a diferença no marcador em dois golos. A fechar a primeira parte, Trubin fechou a baliza e negou, duas vezes seguidas, o golo a Alanzinho que relançaria o jogo na Luz para a segunda parte e poderia ter comprometido a conquista dos três pontos.
OUTROS DESTAQUES
Tomás Araújo: regressou ao eixo da defesa neste sábado, mas não por muito tempo, fruto da lesão de Bah que o obrigou a voltar à lateral. Antes disso assistiu, com um passe de costas, Pavlidis para o 2-0 do Benfica. No 2-1 de Benny ainda tentou chegar à bola, mas Schettine protegeu a bola para o companheiro. Exibição sólida ao centro e à direita, a defender e no auxílio ao ataque.
Aursnes: foi um dos equilibradores do Benfica, sobretudo na segunda parte. Voltou a estar presente em muita zonas do terreno, fosse no momento defensivo mais atrás, na pressão mais alta ou nos desequilíbrios com bola na frente. À hora de jogo ameaçou o golo.
Bruma e Belotti: foram a jogo à entrada dos últimos 20 minutos. O extremo ex-Sp. Braga teve alguns bons momentos e ainda serviu Barreiro numa jogada de golo. O internacional italiano foi abnegado na pressão sobre a saída de bola e ainda fez um remate à malha lateral. As dificuldades do Benfica no jogo não lhes foram favoráveis.
Benny: tecnicamente evoluído, o jogador de 27 anos, que fez parte da formação no FC Porto e que atuou meia-época no Benfica B, foi um dos elementos mais dinâmicos do ataque dos minhotos. Marcou um golo e definiu bem as jogadas. Aos 74 minutos obrigou Trubin a aplicar-se em resposta a um remate de meia-distância.
Schettine: assistiu Benny para o golo do extremo, mas fez muito mais do que isso. Em pouco mais de uma hora em campo nunca virou a cara numa luta que sabia ser desigual com os defesas do Benfica. Pouco antes de ser substituído quase marcou.
Fonte: Mais Futebol