Tal como já aconteceu para a votação do MVP dos Finals de 2022/23 e na decisão dos dez prémios mais importantes da temporada que foram decididos no final da ‘regular season’ 2023/24, A BOLA foi um dos poucos órgãos de informação não americanos a ter direito a decisão para o Jogo das Estrelas de fevereiro que, no caso dos jornalistas para o All-Star, conta 25 por cento para o escrutínio. Veja as diferenças face aos eleitos anunciados na passada madrugada e conheça as razões.
PARIS – Atualmente, a escolha para os cinco iniciais do All-Star Game da NBA, que a 16 de fevereiro terá a 74.ª edição no Chase Centre, em São Francisco, é repartida entre a alargada (19 dezembro a 20 de janeiro) e múltipla votação online dos fãs, que tem um peso de 50 por cento, à qual se junta a dos cerca de 540 jogadores da Liga (25%) e um painel de 99 jornalistas e comentadores para os restantes 25 por cento, e de que A BOLA faz parte, através de Miguel Candeias, como um dos poucos eleitores fora dos Estados Unidos.
Os eleitos pela Conferência Este foram: o base dos Knicks Jalen Brunson (2.ª vez no All-Star); o base dos Cavaliers Donovan Mitchell (6.ª); o extremo dos Celtics Jayson Tatum (6.ª); o extremo dos Bucks Giannis Antetkounmpo (9.ª); e o poste dos Knicks Karl-Anthony Towns (5.ª).
Já na conferência Oeste, a contagem dos votos elegeu: o base dos Warriors Stephen Curry (11.ª); o base dos Thunder Shai Gilgeous-Alexander (3.ª); o extremo dos Suns Kevin Durant (15.ª); o extremo dos Lakers LeBron James (21.ª); e o poste dos Nuggets Nikola Jokic (7.ª).
Cincos sobretudo diferente no Oeste em relação ao que A BOLA optou no seu boletim e que, tal como nas restantes votações em que tem participado, é auditado pela prestigiada Ernst & Young. Empresa que certifica que os resultados finais estão corretos.
Autenticidade de deveras importância pois, hoje em dia, ser jogador All-Star várias vezes ou destinatário de um dos prémios anuais da Liga no final da regular season, pode refletir-se no montante a que se tem direito quando for renovar contrato e fazer diferença em vários milhões de dólares no máximo que pode exigir.
Na sua escolha, a decisão de A BOLA teve por base que quem não tivesse disputado um mínimo de 70/80 por cento dos jogos realizados pela equipa na fase regular até 20 de janeiro, data limite para o envio – o que desde logo afastava estrelas como Luka Doncic (Mavericks), Paolo Banchero (Magic) ou Ja Morant (Grizzlies) – não integraria a lista de hipóteses.
Apesar da liga o permitir, o que já não aconteceu na votação dos prémios de 2023/24, em menos de metade do campeonato poder ter estado lesionado cerca de um mês, ou várias semanas separadas, como aconteceu em alguns dos exemplos referidos, pode tornar-se numa vantagem para as médias apresentadas.
Um segundo parâmetro pessoal de segunda eliminação do lote de candidatos era a performance da equipa na regular season. Abaixo do 8.º lugar em cada conferência à data limite, mas podendo ainda ir até ao 10.º, seria complicado ser escolhido. Apesar de algumas estrelas estarem em formações marcadas por lesões, esse elevar dos resultados e de nível individual é precisamente o que se espera que uma estrela consiga e as torna superiores em relação aos demais.
Por exemplo, a 20 de janeiro os Suns eram 11.º classificados e Durant não jogara pelo menos dez jogos do campeonato. Ou Curry está com números inferiores em relação à época passada, foi então suplente no All-Star de Indianápolis, e há outros bases nos Oeste que têm tido melhores desempenhos e colocado os clubes no topo.
Mas, casos de LeBron James, que ampliou o recorde da história das nomeações para 21, alargando ainda mais a diferença para Kareem Abdul-Jabbar (19), Stephen Curry, o mais votado no Oeste e que atuará em casa e pelo clube onde está há 16 temporadas e foi quatro vezes campeão, ou Kevin Durant, isso sabia que, em principio, os adeptos iriam assegurar as suas presenças pela paixão que têm pelos seus ídolos.
Algo que, em sentido contrário, já não aconteceu – também era algo esperado -, com LaMello Ball, dos Hornets. O mais desejado pelos fãs ao longo das três revelações do andamento da votação, mas que terá ficado arredado da opções dos seus pares e dos jornalistas e comentadores. Apesar do base de Charlotte levar médias de 29,0 pontos, 5,4 ressaltos, 7,5 assistências e já ter marcado 50 pontos num encontro, 44 noutro e mais de 30 pontos em 14 partidas, Charlotte continua a perder sucessivamente: é 13.ª no Este com 11 V-29 D.
Nota curiosa sobre uma norma que aparece pela primeira vez e manter-se-á para a votação dos prémios anuais: quem, entre os jornalistas e comentadores, aceitar participar na votação, compromete-se a não fazer apostas que envolvam dinheiro quanto ao resultado final dos vencedores ou qualquer outra posição nos resultados.
Os treinadores, decididos pelos resultados no campeonato até 3 de fevereiro também já estão definidos, pois ninguém os retirará da liderança de cada conferência. Pelo Oeste será Mark Daigneault, dos Thunder; e no Este Kevin Atkinson, dos Cavaliers, igualmente uma estreia no evento. A cada um será entregue uma das quatro equipas existentes no modelo do evento nesta época para tentar recuperar a competitividade e elevar o nível de basquetebol há muito desejado. As restantes duas serão comandadas por um dos seus adjuntos.
Os habituais 24 jogadores do All-Star, já incluindo os 14 suplentes, serão divididos por três equipas, a que se juntaram a vencedora da partida de sexta-feira (14 fevereiro) do Rising Stars, destinada a basquetebolistas de primeiro e segundos ano de NBA e da G League. Haverá meias-finais e final sem tempo limitativo de jogo, Quem marcar primeiro 40 pontos vence.
Por fim, os sete suplentes de cada conferência continuam a depender da votação dos 15 técnicos das repectivas conferências, mas estando estes proibidos em optar por basquetebolistas dos clubes onde estão. Os mais votados serão divulgados a 30 de janeiro.
Fonte: A Bola