«Chico Banza tinha colesterol alto… Se estiver bem, é para outros patamares»

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Declarações do treinador do Estrela, José Faria, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após a vitória por 1-0 ante o Boavista, em jogo da 22.ª jornada da Liga:

«Em relação ao jogo, não ficámos surpreendidos, a nossa preparação baseou-se muito em função do que o Boavista tinha apresentado nos últimos tempos. Sabíamos que o mister Lito ia ter pouco tempo. Com os novos jogadores iam ficar mais fortes, mas demora a criar rotinas e ideia. Nós também sentimos isso, em função do mercado que fizemos, com muitas saídas e entradas. Trabalhámos em função do que controlamos, o passado recente dizia que o Boavista tinha sido competente com o Estoril. Ia ser um jogo difícil, acho que tivemos capacidade de desmontar o Boavista, faltou-nos definição no último terço. Trabalhámos bem a bola parada, fizemos um golo e, depois, tivemos de sofrer. Sabíamos que ia ser difícil, tem sido um pouco a imagem da nossa época.»

[Importância da vitória, que põe fim a seis jornadas sem vencer, contra adversário direto:] «Dá confiança, parar preparar a próxima semana, o próximo treino. Temos já aí um jogo difícil com o Santa Clara. Quanto ao facto de ter sido contra um adversário direto, esta Liga é muito competitiva. Não vai ser fácil para ninguém vir ao Bessa, mas dá confiança e é em cima dessa confiança e do que acreditamos que vamos continuar a trabalhar.»

[Chico Banza:] «Quando chegou à Europa, fui o primeiro treinador a trabalhar com ele. Conheço muito bem o Chico. O potencial que ele tem, era para nesta idade já estar noutros patamares. Falta-lhe consistência, regularidade. Não é uma inconfidência, ele chegou há pouco tempo e percebemos rapidamente que tinha índices de colesterol altos. Tem a ver com alimentação, extracampo. Andamos em cima dele. Se o Chico estiver bem, é para outros patamares. Na semana passada, não esteve bem, saiu ao intervalo. É um filho mais novo, mas que já não é nenhum menino. Tenho de andar em cima dele constantemente, mas ando com prazer, porque para terem noção, o Chico chegou a passar Natais em minha casa. Ele, o Milson [ndr: agora no Estrela Vermelha]… Vai muito da minha liderança. O Jovane foi pai hoje, juntou-se só hoje à equipa. Eles sabem que, mais do que um treinador, têm aqui um amigo. E a minha decisão vai muito em função do que eles decidem. Posso dizer que eles é que decidiram quando voltam a treinar, se segunda ou terça. As folgas são em função do que eles querem, porque tenho um grupo com homens de caráter, desde o Alan ao George, digo isto verdadeiramente, não consigo identificar maçãs podres, como se costuma dizer. Acho que esta tem de ser a nossa força. A força do caráter. O Pinho não gosta de sair aos 60m, o Kikas também não, saiu com azia. Mas ele já sabe como eu funciono e à ida para baixo, paramos na farmácia, compramos uma caixa de Rennie e passa.»

Fonte: Mais Futebol

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