Fernando Saúl diz que não agrediu na AG: «Foi só para me vangloriar»

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Fernando Saul e Vítor “Aleixo”, filho, foram ouvidos, esta terça-feira, na sequência do julgamento da Operação Pretoriano, que investiga os atos de violência e intimidação que ocorreram na Assembleia-Geral (AG) do FC Porto, em novembro de 2023.

Começando por Fernando Saul, o antigo funcionário do clube negou qualquer envolvimento em agressões durante a referida reunião magna, afirmando que «não coordenou nem organizou» qualquer ação para influenciar a AG e que apenas alertou o diretor de segurança e o diretor de marketing do clube sobre a possibilidade de confrontos devido às movimentações de pessoas pró-André Villas-Boas, à data ainda um protocandidato às eleições de abril do ano seguinte, que viria a vencer.

«A minha convicção, pelo que ia vendo e lendo, era a de que iria muita gente e que os ânimos estavam muito exaltados. Havia imensas páginas, que curiosamente desapareceram depois das eleições, a incitar para irem em grupo, filmarem tudo, que a corte dos “mamões” ia acabar», notou.

Relativamente às mensagens intimidatórias enviadas a Henrique Ramos, a quem se referiu como “Tagarela”, garantiu que eram apenas avisos e que nunca o agrediu, apesar de ter escrito o contrário para «calar» os amigos que queriam que o fizesse.

«É verdade que o tenha escrito. É mentira que o tenha agredido. Perguntaram-me quando lhe batia. Ali, para não me chatearem mais, disse que fiz uma coisa que não fiz», confessou o antigo “speaker” e Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA) do FC Porto, admitindo também ter problemas pessoais com a vítima.

Vítor Oliveira, outro dos arguidos ouvidos, confessou que desconhecia qualquer ato deliberado para controlar a AG a favor de Pinto da Costa. Aleixo, filho, confirmou ainda que reagiu com um soco depois de ver o pai ser atingido. 

«Mal vi isso, a minha reação foi descer. Dei-lhe um soco, o homem caiu. Levantou-se e vinha para cima outra vez e foi quando o afastei com o pé. Ele não caiu ao chão, mas nas cadeiras. Entretanto o meu pai chamou-me e fui para cima», relatou.

Sobre a troca de roupa durante a AG, explicou: «Comecei a receber telefonemas e comecei a ficar nervoso. Um amigo disse-me que estava cheio de sangue. A minha mãe disse-me que a polícia me ia levar. Então, um amigo deu-me uma camisola e um gorro. Depois vi que as calças tinham sangue e também troquei. Continuei na AG, pois queria votar», justificou.

O julgamento da Operação Pretoriano continua na tarde desta terça-feira, quando serão ouvidos os arguidos José Pedro Pereira, Fábio Sousa e José Dias.

Fonte: CNN Portugal

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