O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, recebeu em audiência o CEO da Sasol, Simon Baloy, num encontro marcado pela reafirmação do compromisso da multinacional sul-africana com o País e pela apresentação do ponto de situação da execução do projecto PSA (Contrato de Partilha de Produção), avaliado em mil milhões de dólares.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O projecto PSA, cuja conclusão está prevista para Setembro de 2025, visa a produção de gás natural e condensados a partir dos blocos de Pande e Temane, e inclui o fornecimento de gás para a Central Térmica de Temane (CTT), produção de gás de petróleo liquefeito (GPL) para o mercado nacional, e exportação para a África do Sul. A obra é considerada estratégica para o reforço da segurança energética de Moçambique e para a dinamização do desenvolvimento industrial da região sul do país.
Durante a audiência, o CEO da Sasol afirmou que a empresa está optimista quanto ao ambiente político e de negócios em Moçambique, destacando a importância do Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo, assinado em Março e já transformado em lei. Segundo Simon Baloy, esse passo contribui para a confiança dos investidores e para a estabilidade institucional do país.
“Estamos em Moçambique há mais de duas décadas e continuamos empenhados em contribuir para o seu progresso. O ambiente político está a evoluir positivamente, e o projecto PSA é prova do nosso compromisso com o desenvolvimento energético nacional”, referiu Baloy.
O Presidente Daniel Chapo reiterou, por sua vez, o interesse do Governo em continuar a criar condições para atrair e manter investimentos estruturantes como o da Sasol, que contribuam para a industrialização e diversificação da economia nacional, com forte impacto social e económico.
Para além da componente energética, a Sasol destacou os avanços na agenda de conteúdo local, incluindo a contratação de empresas moçambicanas, formações, e acções de responsabilidade social nas comunidades afectadas pelo projecto. A empresa sublinhou ainda que mais de 700 postos de trabalho estão a ser gerados directamente, com impacto positivo no distrito de Inhassoro, Província de Inhambane.
O projecto PSA prevê ainda a ampliação das infraestruturas de transporte e o reforço da capacidade de fornecimento interno de gás, permitindo reduzir significativamente a dependência de produtos importados, como o gás de cozinha (GPL), e contribuindo para o acesso universal à energia.
Este encontro ocorre num momento em que Moçambique procura consolidar a confiança dos investidores, num contexto global marcado por incertezas. A presença da Sasol e a sua aposta contínua no país são sinais de resiliência e confiança no potencial económico e político nacional.
Com a conclusão do projecto PSA, a Central Térmica de Temane tornar-se-á a segunda maior unidade de produção de energia eléctrica do país, com capacidade para gerar até 450 megawatts na primeira fase, expandindo-se futuramente até aos 900 megawatts.
O reforço da parceria entre o Estado moçambicano e a Sasol, evidenciado neste encontro, confirma a importância dos recursos energéticos como alavanca para o desenvolvimento e como pilar da cooperação estratégica regional entre Moçambique e a África do Sul.
Fonte: O Económico