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Durante as celebrações dos 50 anos da independência de Moçambique, o Governo brasileiro anunciou que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará o país ainda no decurso do seu actual mandato, reafirmando os laços de amizade e cooperação que unem as duas nações lusófonas.
Em Maputo, o ministro da Educação do Brasil, Camilo Santana, confirmou que o Presidente Lula da Silva regressará a Moçambique, destacando a profunda ligação de amizade e os vínculos históricos e culturais entre os dois países. “O Presidente Lula gosta muito de Moçambique, já esteve aqui três vezes. Com certeza será um prazer mais uma vez estar aqui, a visitar este país que ele tanto estima”, afirmou Santana, que se encontra em Moçambique a representar o Governo brasileiro nas festividades da independência.
O governante brasileiro realçou ainda o papel estratégico da educação na cooperação bilateral. “Temos uma relação importante na área da educação. Existem actualmente alunos moçambicanos em programas de mestrado e doutoramento no Brasil, com destaque para a formação de professores”, frisou, acrescentando que a cooperação abrange igualmente sectores como a cultura e a economia.
A cerimónia central dos 50 anos de independência decorreu no emblemático Estádio da Machava, em Maputo — local onde, na madrugada de 25 de Junho de 1975, Samora Machel proclamou a independência nacional após uma longa luta de libertação contra o colonialismo português. Este ano, a cerimónia foi presidida pelo Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, e contou com a presença de vários chefes de Estado e de Governo, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal.
O evento mobilizou cerca de 40 mil pessoas e incluiu momentos culturais, desfiles militares e a chegada simbólica da “chama da unidade”, que percorreu o território nacional desde 7 de Abril, tendo sido utilizada para acender a pira comemorativa no estádio.
A presença do Brasil ao mais alto nível nas celebrações e o anúncio da visita presidencial reforçam a intenção de aprofundar os laços entre os dois países, num momento em que Moçambique busca consolidar o seu posicionamento geopolítico e acelerar o seu processo de desenvolvimento.
Fonte: O Económico
