CACs: governo já conseguiu derrubar 8 leis que facilitam porte de arma

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Oito ações do governo federal, para impedir leis estaduais e municipais, que facilitam o acesso ao porte de arma, já foram aceitas e julgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

As ações, que miram os registros de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs), compõem um “pacote” da AGU, que ingressou desde dezembro de 2023 no STF, para derrubar as legislações e pedir que fossem julgadas como inconstitucionais.

Até o momento, os processos tiveram relação com Roraima, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia, Alagoas, Distrito Federal e Minas Gerais, seja estadual, distrital ou municipal.

A mais recente é a derrubada de uma lei estadual em Roraima, na última segunda-feira (17), que permitia o porte de armas para atiradores desportivos. Assim como as demais, o STF entendeu que o tema é competência da União e, portanto, não deve ser definido por legislações regionais.

Assim como no rol dos processos que o Executivo já ganhou, essa também foi movida pela Advocacia-Geral da União (AGU), representando a Presidência da República.

De acordo com a AGU, “é preciso ponderar o acesso a armas de fogo com valores constitucionais, como os de proteção à vida, à segurança e ao meio ambiente”, o que já teria sido estabelecido pelo próprio STF.

“Para a União, as normas estaduais e municipais, que instituem uma presunção absoluta com base em suposto risco e ameaça à integridade física de algumas categorias, criam um fator desarrazoado, que ampliam indevidamente o acesso a armas de fogo”, informou em texto divulgada pela assessoria da instituição.

As ações miram diferentes estados e municípios, e sob justificativas que coincidem com o argumento de que a de que as leis violam o Estatuto do Desarmamento, que proíbe o porte de arma de fogo em todo território nacional, exceto para os casos em que as atividades caracterizem como de risco.

Além disso, argumenta a AGU, o Estatuto também define que “os atiradores desportivos não detêm, necessária e automaticamente, o direito ao porte de trânsito, que é concedido pelo Comando do Exército, tampouco o direito ao porte de arma para defesa pessoal”, este último sendo concedido especificamente pela Polícia Federal (PF).

O primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023, foi também marcado pelo decreto de armas, que impôs ampla restrição na circulação e acesso aos objetos no país.

As medidas envolvendo CACs ganharam popularidade no governo Bolsonaro, quando o Brasil registrou um aumento de 665% nos registros de caçadores, atiradores e colecionadores entre 2018 e 2022, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022.

O decreto de Lula também repassou, do Exército para a Polícia Federal (PF), a fiscalização do armamento e munição dos artefatos.

*A Polícia Federal e o Comando do Exército poderão autorizar, em caráter excepcional, a aquisição de até duas armas de fogo, de uso restrito, e as respectivas munições.

*A Polícia Federal e o Comando do Exército poderão autorizar, em caráter excepcional, a aquisição de até quatro armas de fogo, de uso restrito, e as respectivas munições, no limite de até 6 mil cartuchos por ano, para atiradores de nível 3.

*Com informações de Lucas Schroeder

Fonte: CNN Brasil

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