Resumo
A Central Térmica de Temane retomará a construção da central a gás de 450 MW com a empresa turca ENKA, após impasse contratual. Localizada em Moçambique, a central terá capacidade instalada de 450 megawatts, encerrando a paralisação iniciada em dezembro de 2024 com a empresa espanhola TSK. O acordo foi formalizado em 5 de dezembro de 2025, com previsão de conclusão em 2027, devido ao atraso causado pela interrupção das obras. O novo cronograma estabelece um prazo de 23 meses para a conclusão da empreitada pela ENKA, impactando o calendário do projeto.
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p style="margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial">A Central Térmica de Temane vai retomar a construção da central a gás de 450 MW após a contratação da empresa turca ENKA, encerrando um impasse contratual que manteve o projecto paralisado e obrigou a sucessivos reajustes no calendário de execução.
ENKA Assume Empreitada E Desbloqueia Projecto
A Central Térmica de Temane (CTT), um dos maiores projectos energéticos em curso em Moçambique, vai retomar as obras após a contratação da empresa turca ENKA İnşaat ve Sanayi A.Ş., que assumirá a conclusão da central a gás natural com capacidade instalada de 450 megawatts, localizada no distrito de Inhassoro, província de Inhambane .
O acordo foi formalizado a 5 de Dezembro de 2025, na presença da Globeleq, líder do consórcio promotor do projecto, encerrando um período de paralisação provocado por um impasse contratual com o anterior empreiteiro.
Paralisação Prolongada E Impacto No Calendário
As obras da CTT encontravam-se interrompidas desde Dezembro de 2024, após o abandono do estaleiro pela empresa espanhola TSK, quando cerca de 80% da execução física já estava concluída. O impasse afectou directamente os prazos de conclusão inicialmente previstos, acumulando sucessivos adiamentos ao longo de 2024 e 2025 .
Antes da paralisação, o gestor do projecto estimava o início do comissionamento para o segundo ou terceiro trimestre de 2025, com entrada em funcionamento a 2 de Fevereiro de 2026, metas que ficaram ultrapassadas com a interrupção das obras.
Novo Cronograma Aponta Para 2027
Segundo o comunicado oficial, a ENKA compromete-se a concluir a empreitada num prazo de 23 meses, o que coloca o comissionamento operacional da central apenas em 2027, representando um novo reajuste no calendário do projecto .
Apesar do atraso, fontes ligadas ao projecto indicam que as fases de comissionamento e testes poderão ser concluídas dentro do novo cronograma, desde que o ritmo de execução seja mantido conforme o plano agora redefinido.
Projecto Estratégico Para O Sistema Eléctrico Nacional
Avaliado em cerca de 650 milhões de dólares, o projecto da Central Térmica de Temane é considerado essencial para reforçar a capacidade de produção de energia em Moçambique e assegurar maior estabilidade ao sistema eléctrico nacional .
A central prevê a instalação de cinco turbinas a gás, cinco geradores de vapor de recuperação de calor, uma turbina a vapor, uma unidade de refrigeração a ar e diversas infra-estruturas auxiliares de balanceamento de planta.
Integração Regional E Projectos Associados
A entrada em funcionamento da CTT é igualmente crítica para a plena integração das redes eléctricas regionais, através de uma linha de transmissão de 400 kV, com 563 quilómetros, ligando Maputo a Vilanculos.
Os atrasos acumulados impactaram também outros empreendimentos dependentes da central, como o Temane Transmission Project (TTP), uma linha de transmissão com mais de 500 quilómetros, e o Acordo de Partilha de Produção (PSA) associado ao fornecimento de gás natural .
Parceria Público-Privada Com Concessão De 25 Anos
A Central Térmica de Temane é desenvolvida no âmbito de uma parceria público-privada que envolve a Globeleq, a Electricidade de Moçambique (EDM) e a SASOL, beneficiando de uma concessão com validade de 25 anos.
A retoma das obras com um novo empreiteiro representa um passo decisivo para desbloquear um projecto considerado estruturante para a segurança energética, a integração regional e o crescimento económico de Moçambique.
Fonte: O Económico






