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Tuesday, October 14, 2025
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Chapo diz que professor é o arquitecto do profissional moçambicano e da sociedade

Resumo

O Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, elogiou o papel dos professores na sociedade durante o 44º aniversário da Organização Nacional dos Professores. Destacou a importância da docência na formação moral e cívica, elogiando a dedicação dos professores, especialmente em áreas afetadas por adversidades. Condenou a destruição de escolas em manifestações violentas e comprometeu-se a melhorar as condições de trabalho dos professores, incluindo o pagamento das horas extras em atraso. O presidente da ONP, Rosário Quive, reforçou o compromisso da organização em colaborar com o Governo para uma educação de qualidade e inclusiva em Moçambique.

O Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, exaltou hoje, em Maputo, o papel dos professores na construção de uma sociedade instruída, justa e desenvolvida, ao receber uma saudação da classe docente por ocasião do 44º aniversário da Organização Nacional dos Professores (ONP), celebrado a 12 de Outubro.

O Chefe do Estado afirmou que “ser professor é formar carácter, é inspirar sonhos e é tocar o futuro com as mãos do presente”, destacando a docência como uma missão nobre e indispensável ao progresso nacional.

No seu discurso, o Chefe do Estado felicitou todos os professores do país pela dedicação e sentido de compromisso, afirmando que “o professor é o arquitecto do profissional moçambicano e, quiçá, da nossa sociedade, no geral”. Sublinhou que, mais do que transmitir conhecimentos, o professor contribui para a formação moral e cívica das novas gerações, sendo “a forja do homem novo e o farol cintilante que guia a sociedade da ignorância para a sabedoria”.

O Presidente Chapo prestou homenagem especial aos professores que exercem a sua missão em contextos difíceis, particularmente nas zonas afectadas pelo terrorismo, cheias, ciclones e outras adversidades. “Mesmo em situações adversas, sempre encontram alternativas para garantirem que o processo de ensino-aprendizagem não pare. Por este acto de coragem, peço uma grande salva de palmas para esses profissionais!”, declarou.

O governante reconheceu o empenho do Ministério da Educação e Cultura e da ONP no apoio à classe docente, sublinhando que a valorização do professor é um compromisso assumido pelo Governo.

Recordou que “celebrar o Dia do Professor é mais do que reconhecer uma profissão; é valorizar uma missão e reconhecer um dom que Deus deu a cada um dos professores”.

O Chefe do Estado condenou, com veemência, os actos de vandalização de escolas registados em várias províncias, denunciando que 139 escolas e dezenas de outras infra-estruturas públicas foram destruídas durante manifestações violentas, com prejuízos estimados em 32,2 mil milhões de meticais.

“Destruir uma escola é destruir o futuro de uma Nação inteira”, afirmou, orientando as autoridades competentes a responsabilizarem exemplarmente os infractores.

Ademais, alertou que tais práticas “machucam os corações de todos os professores, magoam a alma de todos os pais e ferem o bom senso de todos os cidadãos do bem”, apelando à sociedade para isolar os promotores de violência. Acrescentou que os recursos destinados à reconstrução das escolas poderiam ser aplicados em novas infra-estruturas, medicamentos e transporte público.

Reconhecendo os desafios ainda existentes no sector, o Presidente da República mencionou a sobrecarga de trabalho, o excesso de alunos por turma e o atraso no pagamento das horas extraordinárias. “O Governo não ignora esta dívida, nem pretende ignorar esta situação. Está em curso um plano de pagamento faseado e continuaremos a

agir na medida da disponibilidade possível dos recursos financeiros”, garantiu.

O Chefe do Estado reafirmou o compromisso de investir na expansão da rede escolar e na melhoria das condições de trabalho dos professores. Lembrou que, nos últimos cinco anos, foram construídas mais de 6.500 novas salas de aula e que o Governo prevê edificar pelo

menos 1.500 por ano. “Valorizar o professor não se esgota no pagamento do salário. É investir nas condições de vida do professor, da sua família e também do trabalho”, destacou.

Por seu turno, o presidente da ONP, Rosário Quive, afirmou que a presença dos professores junto ao Chefe do Estado simboliza “o compromisso inabalável de colaborar com o Governo na construção de uma educação verdadeiramente para todas as crianças, jovens e adultos”. 

Reiterou que a ONP continuará a ser uma voz activa na defesa dos direitos dos professores e na promoção de um ensino de qualidade, inclusivo e transformador para Moçambique.

Fonte: O País

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