Resumo
O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, foi homenageado em Houston, Texas, com um Certificado de Reconhecimento pela Comissária do Condado de Harris, Leslie Briones, pelo seu papel na recuperação económica do país e na consolidação da sua credibilidade financeira a nível internacional. A cerimónia decorreu durante uma mesa-redonda com empresários e líderes do setor energético norte-americano, destacando a estabilidade macroeconómica, a reputação melhorada junto de organismos financeiros internacionais e a retoma dos megaprojetos de gás natural em Moçambique. A homenagem, realizada num dos estados mais influentes da economia dos EUA, simboliza o crescente respeito e reconhecimento internacional pela nova dinâmica económica do país, despertando a atenção de grandes investidores norte-americanos. Daniel Chapo descreveu o reconhecimento como um gesto simbólico, mas profundamente significativo, para todo o povo moçambicano, destacando os sinais positivos de credibilidade internacional e a viragem económica do país.
O acto teve lugar durante uma mesa-redonda com empresários e líderes do sector energético norte-americano, num dos estados mais influentes da economia dos Estados Unidos.
O gesto simboliza o crescente respeito e reconhecimento internacional pela nova dinâmica económica do país, que se tem vindo a destacar pela estabilidade macroeconómica, pela melhoria da sua reputação junto de organismos financeiros internacionais e pela retoma dos megaprojectos de gás natural.
O condado de Harris, que acolhe algumas das maiores companhias energéticas do mundo e representa cerca de 20% do Produto Interno Bruto do Estado do Texas, foi o palco escolhido para esta homenagem – um sinal inequívoco da atenção que Moçambique começa a despertar entre os grandes investidores norte-americanos.
Durante a cerimónia, a Comissária Leslie Briones destacou o papel do Presidente da República na condução das políticas económicas do país, sublinhando que Moçambique “tem dado sinais consistentes de estabilidade e transparência”, factores determinantes para o restabelecimento da confiança internacional. O Certificado de Reconhecimento, segundo Briones, reflecte a percepção de que Moçambique está a recuperar o protagonismo económico no continente africano e a tornar-se um destino mais seguro e previsível para o investimento estrangeiro.
Daniel Chapo descreveu o reconhecimento como “um gesto simbólico, mas profundamente significativo”, não apenas para o Governo, mas para todo o povo moçambicano. “É um Certificado de Reconhecimento pelo trabalho de diplomacia económica que estamos a realizar e, sobretudo, pelos sinais positivos que o país está a mostrar em termos de credibilidade internacional”, afirmou.
O Chefe do Estado explicou que a distinção surge num contexto de viragem económica, em que Moçambique começa a colher os frutos de uma política assente na estabilidade fiscal, na disciplina orçamental e na confiança dos investidores. “Este reconhecimento está associado a resultados concretos. Saímos da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional, o que devolveu a Moçambique o estatuto de país seguro e transparente do ponto de vista financeiro”, disse.
A decisão de retirar Moçambique da lista cinzenta, formalizada em Junho deste ano, permitiu restaurar a confiança de instituições multilaterais e investidores estrangeiros, abrindo caminho para a retoma de fluxos de investimento directo estrangeiro. O Presidente explicou que “as instituições internacionais estão a reconhecer que Moçambique está a mudar, e a mudança é visível nos resultados – no controlo da inflação, na disciplina fiscal, no combate à corrupção e no relançamento dos megaprojectos de gás natural”.
Durante a mesa-redonda, Daniel Chapo referiu-se também à posição da União Europeia, que anunciou a intenção de remover Moçambique da lista de países de risco para investimentos e financiamentos. “Tudo isto mostra que a imagem de Moçambique está a melhorar e que há confiança renovada na economia do país”, observou.
O encontro empresarial foi, igualmente, uma oportunidade para o estadista moçambicano apresentar as principais oportunidades de investimento em Moçambique, destacando sectores como energia, agricultura, turismo, indústria e infraestruturas. “Tivemos duas mesas-redondas empresariais nesta visita — uma em Washington D.C. e outra aqui no Texas — e sentimos um interesse crescente das empresas norte-americanas em investir em Moçambique”, revelou.
Segundo Daniel Chapo, a resposta do sector privado americano foi imediata e encorajadora. “Nos próximos anos, várias missões empresariais norte-americanas deverão visitar Moçambique para explorar, no terreno, as oportunidades de negócio que o país oferece. Isso mostra que o mundo está a olhar para Moçambique com outra confiança”, disse.
A mesa-redonda contou com a presença de empresários ligados ao petróleo e gás, à energia limpa e às tecnologias de transporte, sectores em que o Texas é referência mundial. Muitos dos presentes manifestaram interesse em conhecer o novo ambiente de negócios moçambicano, reforçado por reformas legais que visam simplificar os processos de licenciamento e tornar mais previsível o quadro fiscal e regulatório.
O Chefe do Estado salientou que a política económica do Governo tem como objectivo criar um ambiente favorável para o investimento privado, nacional e estrangeiro, sem perder de vista a inclusão social. “Queremos um crescimento que seja sustentável e que beneficie os moçambicanos. As reformas que estamos a fazer — da digitalização dos serviços públicos à gestão transparente das finanças — têm um único propósito: tornar Moçambique num país competitivo e confiável para investir”, afirmou.
O reconhecimento atribuído ao Chefe de Estado acontece num momento em que Moçambique se reposiciona como um dos principais destinos de investimento em África, impulsionado pela retoma dos megaprojectos de gás natural, pelo crescimento do sector energético e pela estabilidade política. Para observadores internacionais, o Certificado recebido por Daniel Chapo é também uma mensagem clara de que o país está a recuperar o prestígio internacional e a credibilidade económica perdida ao longo da última década.
O Presidente aproveitou o encontro para reforçar o apelo à diversificação económica, um dos eixos centrais da sua visão de governação. “Temos recursos naturais valiosos, mas o nosso foco é transformar essa riqueza em desenvolvimento real. Precisamos investir em educação, agricultura, turismo e indústria, para criar empregos e garantir que o crescimento económico chegue a todos os moçambicanos”, destacou.
No mesmo tom, Daniel Chapo reiterou que o país não quer depender apenas do gás natural ou de matérias-primas. “Queremos uma economia produtiva, diversificada, que crie oportunidades para a juventude e reduza as desigualdades regionais”, acrescentou.
O condado de Harris, onde decorreu a cerimónia, é reconhecido como um dos centros energéticos mais importantes do mundo, abrigando empresas como ExxonMobil, Shell, Chevron e Halliburton. A escolha de Houston para este encontro não foi, por isso, casual: é ali que se cruzam capital, inovação e tecnologia — os mesmos pilares que Moçambique quer atrair para acelerar o seu desenvolvimento.
Daniel Chapo expressou ainda a gratidão pelo reconhecimento e reiterou a disponibilidade do Governo para continuar a fortalecer as relações económicas e diplomáticas com os Estados Unidos. “Este certificado é, acima de tudo, um sinal de confiança. Mostra que o mundo acredita no potencial de Moçambique e que os investidores reconhecem o nosso esforço em criar um ambiente económico estável, transparente e competitivo”, afirmou.
O gesto da Comissária Leslie Briones encerrou uma semana intensa de diplomacia económica nos Estados Unidos, durante a qual o Chefe de Estado manteve encontros com representantes do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Development Finance Corporation e da Câmara de Comércio dos Estados Unidos. Em todos esses fóruns, Daniel Chapo defendeu a visão de um Moçambique aberto ao investimento, comprometido com a boa governação e determinado em transformar os seus recursos em prosperidade partilhada.
Fonte: O País






