A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) intensificou a sua política de promoção do conteúdo local, tendo adquirido, ao longo de 2024, cerca de 2,4 mil milhões de meticais (equivalentes a 38 milhões de dólares) em bens e serviços fornecidos por empresas moçambicanas. Este valor representa um crescimento de 85% face a 2020, ano em que a empresa havia canalizado 1,3 mil milhões de meticais (cerca de 20 milhões de dólares) para fornecedores nacionais.
A informação foi tornada pública pelo administrador-executivo da HCB, Ermínio Chiau, durante a conferência comemorativa dos 50 anos da empresa, realizada esta semana em Maputo.
Compromisso com a Economia Nacional
“O compromisso da HCB com o desenvolvimento económico nacional é inequívoco”, afirmou Chiau, ao destacar o impacto da política de compras locais não apenas na cadeia de fornecimento, mas também na geração de emprego, na inclusão económica e na industrialização do País.
Segundo o administrador, a HCB trabalha activamente com pequenas e médias empresas moçambicanas, encorajando-as a obter certificações de qualidade e a adoptar planos estruturados de formação profissional. Esta abordagem visa fortalecer as capacidades locais, melhorar a competitividade e criar um ecossistema de fornecimento nacional mais robusto e alinhado com as exigências de grandes empreendimentos públicos.
Conteúdo Local como Pilar de Sustentabilidade
A estratégia de conteúdo local da HCB está inserida num modelo mais amplo de sustentabilidade, que combina rentabilidade económica com responsabilidade social. A empresa encerrou 2024 com mais de 14 mil milhões de meticais (221 milhões de dólares) em lucros, reforçando o seu estatuto como um dos maiores contribuintes para o sector empresarial do Estado.
A aposta no conteúdo local reforça o papel da HCB como agente de transformação económica, num contexto em que o país debate a necessidade de criar mais valor interno a partir dos seus activos estratégicos. “Esta abordagem impulsiona a industrialização, promove a inclusão económica e assegura que os benefícios da actividade da HCB chegam efectivamente às comunidades”, afirmou Chiau.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O crescimento expressivo das compras locais pela HCB em 2024 constitui um sinal claro de que o conteúdo local está a deixar de ser retórica e a tornar-se prática empresarial consolidada. Num momento em que Moçambique se posiciona para colher os frutos dos seus megaprojectos energéticos, a experiência da HCB pode servir de modelo para outras empresas públicas e privadas na adopção de políticas que favoreçam o desenvolvimento da base produtiva nacional.
Fonte: O Económico