Conceição critica jogadores do Milan: «Têm de ter mais fome»

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Sérgio Conceição (Foto: AP Photo/Antonio Calanni)

O Milan foi derrotado na visita à Juventus (2-0) e Sérgio Conceição mostrou-se insatisfeito após a partida deste sábado. O treinador português criticou a exibição dos «rossoneri» na segunda parte e reconheceu que faltou «fome de vencer» à equipa.

«No primeiro tempo foi um jogo equilibrado, tivemos mais chances. Depois, no segundo tempo, a Juve teve mais vontade de vencer, mais fome. Também poderíamos ter sofrido outro golo no início do segundo tempo porque queremos jogar dentro da área com a pressão do adversário: são coisas que não entendo. Mas quem manda sou eu, sou o treinador. O primeiro passo para vencer um jogo é querer vencer. (…) Mas qual cansaço, qual combustível, por favor. Os jogadores têm tudo para recuperar dos jogos anteriores, temos de ter o frigorífico vazio em casa para ter mais fome», disse Conceição aos microfones da DAZN.

O treinador foi ainda mais longe nas palavras e, mesmo sem se abstrair da responsabilidade, criticou «a atitude e mentalidade» dos jogadores.

«Eu tive equipas pequenas quando comecei a treinar, há 13 anos, que não eram tão boas a nível técnico, mas tinham uma fome e uma vontade incríveis. Chegando ao Milan temos de querer ainda mais porque temos de continuar com o sucesso, a fome, a vontade com objetivos pessoais de chegar ao fim da carreira e ter orgulho no que conquistamos. O que vejo não é novidade, já senti isto antes porque acompanhei praticamente todos os jogos do Milan. Sou eu quem tem de mudar a atitude e a mentalidade dos jogadores. Eu sou o responsável, sou o treinador e assumo a responsabilidade por esta derrota porque não estive bem ao intervalo com esta quebra no segundo tempo. Sou eu como treinador que tenho de mudar a situação», confessou.

Conceição assumiu que jogadores como Théo Hernández e Rafael Leão estiveram apagados em Turim, mas não quis apontar o dedo apenas aos mais influentes da equipa.

«Sim, mas na minha opinião nem sempre podemos contar com os jogadores mais experientes. Os outros têm as suas responsabilidades, não podemos colocar todo o peso nos ombros do Theo, do Leão e do Mike [Maignan], não está correto. Existem outros também e eles não podem ficar escondidos. É o futebol e é a vida. Estou no futebol há 25 anos e sei como é. Mas ninguém deveria esconder-se. Precisamos de olhar nos olhos uns dos outros e ver como podemos fazer mais, eu primeiro, e como mudar esta situação. Não é que sejamos uma equipa que tecnicamente não está ao nível dos outros grandes de Itália ou não é que a nível físico não consigamos chegar a um momento importante com todos no topo. Há outra parte que para mim é a mais importante. Se não tens a base, a fome, a vontade de vencer a partida e cada duelo, como se todos os duelos fossem decisivos… falta isso aqui. E como treinador assumo a responsabilidade de mudar esta situação», concluiu.

Fonte: Mais Futebol

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