Criptoeconomia em Alta:Bitcoin Ultrapassa os 111 Mil Dólares e Atinge Novo Recorde Histórico

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A Bitcoin atingiu pela primeira vez a marca de 111 mil dólares, impulsionado por uma conjugação de factores que incluem expectativas positivas quanto à regulação nos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump e um novo ciclo de acumulação por parte de investidores institucionais.


Segundo dados da Bloomberg, o valor da criptomoeda líder mundial subiu 3,3% na última quinta-feira, atingindo o máximo histórico de 111.878 dólares. Esta valorização ocorre num contexto em que cresce o interesse por activos digitais como instrumentos de tesouraria empresarial, abrindo caminho a uma nova fase de institucionalização do Bitcoin.

O avanço de um projecto de lei sobre stablecoins no Senado norte-americano reforçou a percepção de que a administração Trump poderá oferecer maior clareza regulamentar ao sector das criptomoedas. Esse sinal político contribuiu para um aumento do apetite dos investidores, num ambiente já marcado por iniciativas agressivas de acumulação de BTC por parte de empresas como a Strategy, liderada por Michael Saylor, que detém mais de 50 mil milhões de dólares em Bitcoin.

A tendência é acompanhada por outras operações corporativas, incluindo fusões entre empresas tecnológicas e veículos de investimento com activos listados no Nasdaq, e pela criação de novas entidades como a Twenty One Capital Inc., apoiada pela Cantor Fitzgerald LP, pela Tether Holdings SA e pelo grupo SoftBank. Também a Strive Enterprises, co-fundada por Vivek Ramaswamy, está a transformar-se numa empresa dedicada à gestão de reservas em BTC através de uma fusão com a Asset Entities Inc.

Analistas como Julia Zhou, directora de operações da Caladan, assinalam que, ao contrário de ciclos anteriores, este rally não é apenas motivado por impulsos de curto prazo, mas por “procura persistente e desajustes estruturais na oferta”.

No mercado de opções, aumentou o interesse por posições optimistas, com contratos para valores de 110 mil, 120 mil e até 300 mil dólares com vencimento a 27 de Junho a registarem o maior volume de posições em aberto na plataforma Deribit.

Apesar da forte recuperação, o analista Tony Sycamore, da IG, considera que a queda anterior — que fez o preço do Bitcoin descer de um máximo de Janeiro para menos de 75 mil dólares em Abril — foi apenas uma correcção no contexto de um mercado claramente em alta.

Ainda assim, o cenário macroeconómico continua a gerar cautela. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, advertiu para o risco de estagflação nos EUA, alertando para as pressões geopolíticas, défices fiscais e inflação elevada. A Reserva Federal mantém as taxas de juro inalteradas, optando por aguardar antes de ajustar a política monetária, num ambiente ainda afectado pela instabilidade das medidas tarifárias da administração Trump e pelo impacto das negociações comerciais com a China.

A crescente atracção por Bitcoin, mesmo em meio a incertezas económicas, confirma o seu estatuto de “porto seguro alternativo” e sinaliza que as criptomoedas estão a consolidar-se como parte relevante da arquitectura financeira global.

Fonte: O Económico

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