Crise humanitária no norte de Moçambique agravou-se em Junho 

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De acordo com um relatório de campo do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), o mês de Junho de 2025 “testemunhou o agravamento da crise humanitária no norte de Moçambique”. Segundo o documento, em 24 de Junho, 568 pessoas, incluindo 324 crianças, fugiram dos ataques dos grupos armados. 

Segundo as Nações Unidas, “a escassez de recursos, os surtos de cólera e as consequências de três ciclones consecutivos limitaram severamente os esforços humanitários e agravaram o sofrimento da população”.

A organização adverte que a escassez de recursos prejudica a resposta humanitária em Cabo Delgado. “O financiamento humanitário entre 2024 e 2025 apresenta um declínio de 26%, de 74 milhões de dólares em 2024 para 55 milhões de dólares (Maio de 2025). O número de parceiros de implementação diminuiu 36%, de 76 para apenas 49”. 

Como resultado,  cerca de 260 mil pessoas ficaram sem acesso a serviços de água, saneamento e higiene, enquanto 200 mil  pessoas permaneceram sem abrigo adequado e sem instalações não-hospitalares. 

Além disso, os ataques armados em Cabo Delgado, segundo a OCHA, têm colaborado para o aumento de casos de Violência Baseada no Género. “No início de 2025, Cabo Delgado registou um aumento de 22% nos casos de VBG reportados, em comparação a 2024”, sublinha. 

Human Rights Watch destaca que cerca de 120 crianças foram raptadas em Cabo Delgado desde Maio, para, de forma precoce, desenvolverem actividades militares.

Fonte: O País

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