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Monday, November 24, 2025
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CTA Alerta Para Potencial Inexplorado no Comércio Entre Moçambique e Zimbabwe

Resumo

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) defende a dinamização dos corredores logísticos, facilitação de negócios e aceleração das reformas para aproveitar o potencial económico entre Moçambique e Zimbabwe. Apesar dos laços históricos e proximidade geográfica, as relações comerciais entre os dois países não refletem o potencial real. Entre 2018 e meados de 2024, Moçambique exportou cerca de 890 milhões de dólares para o Zimbabwe, mas importou apenas 161 milhões. O investimento zimbabweano em Moçambique tem sido limitado, com apenas 46 projetos avaliados em 151 milhões de dólares na última década. O Presidente da CTA, Álvaro Massingue, sublinhou a necessidade de ações concretas para melhorar a cooperação bilateral, destacando o papel do setor privado nesse processo.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Agremiação empresarial defende dinamização dos corredores logísticos, maior facilitação de negócios e aceleração das reformas para transformar proximidade geográfica em ganhos económicos concretos.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) considera que o comércio e o investimento entre Moçambique e Zimbabwe continuam longe de reflectir o potencial real das duas economias, apesar dos laços históricos, da proximidade geográfica e das complementaridades produtivas existentes. 

Dados Revelam Uma Relação Comercial Assimétrica e Ainda Insuficiente

Segundo a CTA, entre 2018 e meados de 2024, Moçambique exportou para o Zimbabwe cerca de 890 milhões de dólares, mas importou apenas 161 milhões, menos de 3 por cento das transacções externas totais. O investimento zimbabweano registado na última década resume-se a 46 projectos avaliados em 151 milhões de dólares, números considerados aquém da dimensão das oportunidades existentes.

Em 2022, as exportações moçambicanas atingiram 200 milhões USD, mas o fluxo global continua a ser classificado como insuficiente. O Presidente da CTA, Álvaro Massingue, sublinhou, durante o Fórum de Negócios Moçambique–Zimbabwe, que as relações económicas bilaterais ainda não evoluíram ao nível compatível com os recursos, mercados e infra-estruturas disponíveis.

Sector Privado Defende Plataforma Para Transformar Potencial em Resultados

Massingue afirmou que o actual contexto regional exige “decisões estratégicas e acções concretas”, destacando que o sector privado moçambicano está preparado para contribuir para a elevação da cooperação bilateral ao nível desejado. Considerou o Fórum uma plataforma essencial para transformar potencial em resultados, defendendo maior dinamização das entidades de promoção de investimentos e exportações e melhoria da facilitação do comércio transfronteiriço.

Identificou oportunidades estratégicas em agro-processamento, indústria transformadora, energia, turismo e logística, realçando a importância de cadeias de valor integradas e de joint ventures que reforcem o aproveitamento de recursos comuns.

Corredores Logísticos Como Activos Estratégicos Para a Integração Regional

A CTA enfatizou o papel dos corredores da Beira e de Maputo como infra-estruturas centrais para o comércio zimbabweano e para os países do hinterland. Massingue defendeu que a eficiência logística, a digitalização aduaneira e a redução dos custos operacionais são condições fundamentais para ampliar o fluxo comercial e dinamizar as trocas regionais.

Sublinhou ainda os resultados da iniciativa da ZimTrade, que impulsionou um crescimento de 23 por cento no comércio bilateral, sobretudo nos sectores da construção e da agricultura, demonstrando que intervenções bem estruturadas produzem impacto imediato.

Reformas Estruturais Criam Novo Espaço de Oportunidades Para Investidores

O Secretário de Estado do Comércio, António Grispos, reforçou a ideia de que Moçambique dispõe de condições competitivas únicas, incluindo 35 milhões de hectares de terras aráveis e acesso privilegiado ao mar, elementos que posicionam o país como gateway para mercados regionais.

Grispos recordou ainda que investidores zimbabweanos podem beneficiar de isenções aduaneiras e fiscais, protecção da propriedade intelectual e do novo quadro regulatório resultante das reformas em curso: a nova Lei de Investimentos Privados, a revisão da Lei Cambial e da Lei do Trabalho, e incentivos como a redução do IVA para 16 por cento ou a fixação do IRPC em 10 por cento para a agricultura.

Empresários Defendem Agenda de Acção Para Consolidar Ganhos

O encontro reuniu empresários, investidores e representantes governamentais, tendo permitido identificar constrangimentos, oportunidades e projectos de cooperação considerados prioritários. Para a CTA, o momento é decisivo para transformar proximidade geográfica em integração económica aprofundada, potenciando sectores vitais e elevando a competitividade dos dois países no espaço da SADC.

Fonte: O Económico

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