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DA BARRIGA DA MÃE AO CÉREBRO DO BEBÉ: REVOLUÇÃO SILENCIOSA NO INTESTINO MATERNO

Resumo

A descoberta recente sobre o papel da bactéria intestinal materna no estímulo ao crescimento saudável do bebé e na redução do risco de morte fetal revela-se como um avanço promissor na medicina pré-natal. A presença da bactéria Bifidobacterium breve no intestino da mulher grávida foi identificada como crucial, contribuindo para a produção de metabolitos essenciais, como lactato e taurina, e para o transporte de nutrientes e produção de hormonas vitais na gravidez. Esta descoberta destaca a influência da microbiota intestinal materna na função hormonal da placenta, reduzindo a taxa de mortalidade embrionária e aumentando a probabilidade de sobrevivência do feto. Cuidar da saúde intestinal durante a gestação não só beneficia a digestão, mas também promove a saúde mental e cognitiva ao longo da vida, evidenciando a importância da microbiota materna como aliada fundamental na jornada da gestação.

Por: Lurdes Almeida

A recente descoberta sobre o papel da bactéria intestinal materna no estímulo ao crescimento saudável do bebé e na redução do risco de morte fetal, representa um avanço promissor na medicina pré-natal. A microbiota intestinal da mãe revela-se como aliada silenciosa, porém poderosa, na formação e desenvolvimento do cérebro do bebé.

Durante décadas, a atenção médica na gravidez concentrou-se em factores como nutrição, genética e cuidados obstétricos. No entanto, com o recente estudo liderado pela Universidade Autónoma de Madrid trouxe à tona um novo protagonista, a bactéria Bifidobacterium breve, presente no intestino da mulher grávida.

Através de experiências com ratos livres de germes, os especialistas descobriram que a distribuição da bactéria pelo intestino aumenta a produção de metabolitos como o lactato (que ajuda a obter energia quando há falta de glicose) e a taurina (que desempenha funções vitais no organismo).

A bactéria, também, contribui para o transporte de nutrientes e a produção de hormonas importantes na gravidez, como prolactina (fundamental para a produção de leite) e glicoproteínas (essencial para a comunicação entre células e resposta imunológica) específicas, que são cruciais para a comunicação entre células e  resposta imunológica.

Deixando de ser apenas uma coadjuvante silenciosa, a microbiota intestinal da mãe passou a ocupar o papel de protagonista na saúde fetal. Esta descoberta representa “a primeira evidência de que a microbiota intestinal materna (conjunto de microrganismos, como bactérias) influencia a função hormonal da placenta”. Mulheres expostas a essas bactérias durante a gestação apresentaram uma menor taxa de mortalidade embrionária, ou seja, maior probabilidade de sobrevivência do feto.

Cuidar da saúde intestinal durante a gestação não é apenas uma questão digestiva, mas uma estratégia de promoção da saúde mental e cognitiva para toda a vida. Esta revelação reforça a importância da microbiota materna como aliada invisível na jornada da gestação.

 

 

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