Duas mulheres detidas por fraude de mercadoria em Tete

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São duas mulheres com idades entre 25 e 30 anos de idade, detidas em Tete, acusadas de burla e emissão de cheques sem provisão de fundo. As mesmas refutam as acusações e dizem ser obra de uma terceira mulher, que anda agora a monte. A Polícia da República de Moçambique diz ter pistas para encontrar a foragida

O caso deu-se na semana passada e a denúncia foi feita pelo proprietário de um estabelecimento comercial que se dedica à venda de material informático. Uma destas mulheres entrou em contacto com o dono da loja, alegando que pretendia adquirir equipamentos informáticos, cujo pagamento seria feito por cheque, tendo o comerciante orientado, primeiro, que depositasse o valor na sua conta bancária.

Entretanto, a vítima diz que se apercebeu mais tarde de que tinha sido burlada através do alerta do banco para o facto de que um dos cheques depositados não tinha fundo e outro fazia parte de uma caderneta denunciada como extraviada.

“Aquele valor que depositou no Maputo, na primeira, desapareceu na conta. O banco ligou para nós para dizer que aquele cheque que foi depositado lá no banco dele não tinha dinheiro”, começou por contar o proprietário da loja ora burlada.

O mesmo conta que depois do sucedido, e já assustados com a situação, tomaram as devidas precauções. “Corremos para informar o SERNIC para procurar esses homens que levaram essas caixas. Depois o pessoal do SERNIC conseguiu apanhar essas caixas, em Maputo”, conta.

Uma das indiciadas nega ter sido ela quem teria fraudado o cheque e atribui a culpa a uma amiga que está na Cidade de Maputo.

“A dona da mercadoria me ligou de Maputo, tanto que os táxis e tudo mais, os pagamentos, ela é que efectuava, não eu. Eu simplesmente fazia o que ela pedia porque ela era minha cliente”, conta uma das indicadas, que se apresenta como dona de um salão de cabeleireiro.

Outra mulher acusada de envolvimento no caso, cuja parte do material foi recuperada em sua casa, diz que só aceitou guardar os equipamentos alegadamente porque não sabia que eram fruto de fraude.

“Quando ela recebeu a encomenda, pediu para deixar a encomenda na minha casa. Eu não vi maldade nenhuma, porque tinha recebido tudo, eu aceitei. Estou aqui por isso só”, justifica-se.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal, SERNIC, afirma que a acção das mulheres ora detidas foi intencional e explica que a fraude é de cerca de um milhão de meticais.

“Importa referir que deste material foi possível a recuperação, material equivalente a 498 mil meticais, e falta recuperar o material equivalente a 516 mil meticais”, revelou Celina Roque, porta-voz da PRM em Tete.

Refira-se que a terceira integrante do grupo está foragida, no entanto o SERNIC garante ter pistas para a sua neutralização.

Fonte: O País

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