Trabalhadores moçambicanos de uma empresa que pertence a investidores chineses, localizada no distrito de Dondo em Sofala, e especializada no fabrico de blocos e anilhas para construção, alegam que estão há mais de dois anos a exercerem as suas actividades em condições precárias, e sem nenhum equipamento de protecção individual.
Os trabalhadores afirmaram ainda que não possuem contratos de trabalho e que são pagos diariamente um valor que varia de 150 a 200 meticais. Denunciam também que qualquer tentativa para solicitar material de segurança ou melhoria das condições de trabalho resulta em expulsão imediata.
Apesar das dificuldades que têm enfrentado há dois anos, os trabalhadores afirmam que a alternativa é continuar a trabalhar, para poderem sustentar as suas famílias.
Os cidadãos clamam por melhorias urgentes das condições de trabalho e esperam a intervenção imediata do sector de trabalho, onde já submeteram uma queixa.
A empresa declinou prestar declarações sobre as reclamações dos seus trabalhadores.
A inspecção de trabalho afirmou que está a par das reclamações dos trabalhadores e que uma equipa multissectorial já está a aferir as queixas, e ainda esta semana irá anunciar publicamente o seu posicionamento.
Fonte: O País