Resumo
O Presidente da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, realçou o Projecto Coral Norte FLNG como um pilar crucial para a independência económica e energética do país, destacando compromissos da ENI como a construção de uma central térmica e o desenvolvimento de biocombustíveis com a participação de agricultores locais. Com a entrada em operação prevista para 2028, o Coral Norte tornará Moçambique no 14.º maior exportador mundial de GNL e no 4.º maior em África, reforçando a soberania e a estabilidade económica e social. Chapo salientou a importância da boa governação e responsabilidade na gestão dos recursos, considerando o projeto como um marco histórico rumo à independência nacional e comprometendo-se com a sustentabilidade ambiental e o interesse nacional.
Energia Elétrica e Biocombustíveis: Novos Compromissos da ENI
Nos pontos centrais do seu discurso, Chapo sublinhou dois compromissos de alto impacto:
“A ENI comprometeu-se a construir, a partir de agora, uma Central Térmica de 75 MW em Temane, avaliada em cerca de 130 milhões de dólares, cuja implementação estará a cargo da Electricidade de Moçambique”, afirmou.
Além da energia elétrica, o Presidente destacou a aposta da ENI no desenvolvimento da cadeia de biocombustíveis:
“Outro sinal do compromisso da ENI é o investimento no desenvolvimento da cadeia de produção de biocombustíveis, através do fomento agrícola. Este projeto terá um impacto social profundo, ao gerar emprego e renda para milhares de famílias camponesas”, disse.
Coral Norte: Receita, Emprego e Empresas Nacionais
Chapo detalhou ainda os números do Coral Norte:
Para o Chefe de Estado, trata-se de uma oportunidade única para as MPMEs nacionais se capacitarem técnica e financeiramente e integrarem a cadeia global de fornecimento.
Moçambique no Pódio Africano do Gás
Com a entrada em operação do Coral Norte, prevista para 2028, o país passará a exportar 7 milhões de toneladas anuais de GNL, tornando-se o 14.º maior exportador mundial e o 4.º maior em África, logo atrás de Nigéria, Argélia e Angola.
O Presidente sublinhou que este posicionamento reforça não apenas o peso do país no mapa energético, mas também a sua soberania:
“O Coral Norte deve ser um pilar de estabilidade económica e social, um catalisador de industrialização e um instrumento de prosperidade inclusiva entre os moçambicanos”.
Boa Governação e Responsabilidade
Chapo alertou que o sucesso do projeto dependerá da capacidade de o país gerir os recursos com responsabilidade, transparência e boa governação:
Para o Chefe de Estado, a aprovação da DFI do Coral Norte é mais do que um investimento: é um passo histórico rumo à independência económica e energética, um marco nos 50 anos da independência nacional e um compromisso com as futuras gerações.
“Hoje celebramos, mas também nos comprometemos com uma gestão responsável, com a sustentabilidade ambiental e com a defesa do interesse nacional. Que este projeto seja energia para a vida, energia para o progresso e energia para o futuro de Moçambique”, concluiu Daniel Chapo.
Fonte: O Económico