A Eni Rovuma Basin apresentou esta semana, em Maputo, o seu segundo relatório de sustentabilidade em Moçambique, intitulado “Juntos Crescemos 2024”, reafirmando o compromisso de reforçar a resiliência das comunidades em torno dos seus investimentos energéticos e de promover uma estratégia integrada de desenvolvimento que combina educação, saúde, ambiente e inclusão económica.
Segundo a directora-geral da Eni Rovuma Basin, Marica Calabrese, o reforço do desenvolvimento comunitário constitui um dos pilares da presença da empresa em Moçambique, a par da operação dos grandes projectos de gás natural. A responsável destacou como exemplo emblemático o programa de cozinha limpa, que já permitiu a distribuição de mais de 140 mil fogões melhorados em províncias como Maputo, Sofala e Manica, aliviando a pressão ambiental e melhorando as condições de vida de famílias vulneráveis.
Outro eixo prioritário da estratégia social corporativa é o reflorestamento da zona transfronteiriça do Grande Limpopo, que cobre mais de quatro milhões de hectares e deverá beneficiar cerca de 320 mil membros de comunidades locais. Paralelamente, a Eni iniciou a produção de óleo vegetal destinado às biorrefinarias da Enilive, criando uma oportunidade adicional para agricultores através da valorização de matérias-primas locais.
Na área da saúde, a empresa entregou em 2024 ao Hospital Provincial de Pemba um equipamento de tomografia axial computadorizada (TAC), reforçando a capacidade de diagnóstico de uma unidade hospitalar que serve mais de meio milhão de pessoas.
No sector da educação, a companhia deu continuidade ao programa de bolsas de estudo e formação profissional, que cobre cursos de licenciatura, especialização e doutoramento. A iniciativa, concentrada sobretudo em Pemba, já beneficiou mais de 700 estudantes, professores e funcionários escolares desde a sua criação.
A estratégia de desenvolvimento comunitário da Eni valoriza simultaneamente educação, saúde e água, integrando uma visão de diversificação económica nacional e de promoção da qualidade de vida das populações. “O nosso compromisso é contribuir para um crescimento inclusivo que vá além da indústria extractiva, criando valor partilhado e duradouro”, sublinhou Marica Calabrese durante a apresentação.
O relatório apresentado destacou igualmente o desempenho operacional do projecto Coral Sul, que atingiu em 2024 a marca de cinco milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) produzidas desde o início das operações em 2022, consolidando Moçambique como produtor relevante no mercado global de energia.
Fonte: O Económico