Ensino Superior mais digital: Primeira fase do programa “Um Computador por Estudante” arranca com 5.000 beneficiários

A Primeira-Ministra da República de Moçambique, Sua Excelência Benvinda Levi, dirigiu hoje, 21 de Abril de 2025, no Centro Cultural Moçambique–China, em Maputo, o lançamento oficial do programa “Um Computador por Estudante do Ensino Superior”, uma iniciativa do Governo moçambicano com o apoio do Banco Mundial, que visa promover a inclusão digital entre os estudantes do ensino superior, com enfoque particular nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM).

A cerimónia marcou o arranque da distribuição de 5.000 computadores portáteis a estudantes de 25 instituições de ensino superior em todo o território nacional. Esta primeira fase enquadra-se no pacote de acções dos primeiros 100 dias de governação, liderado pelo Presidente da República, Daniel Chapo, através do Ministério das Comunicações e Transformação Digital (MCTD).

Como explica a governante, o programa será executado em duas fases, sendo que na primeira fase serão distribuídos 5.000 computadores portáteis a estudantes de 25 instituições. Na segunda fase, prevê-se a disponibilização de mais 15.000 dispositivos, com o objectivo de beneficiar um número mais alargado de estudantes das áreas CTEM.

No seu pronunciamento, a Primeira-Ministra destacou a importância estratégica desta acção para o desenvolvimento nacional. “Desde 2018, Moçambique tem vindo a implementar a Política para a Sociedade de Informação, que define as linhas orientadoras para o uso das TIC na educação e na sociedade. O programa ‘Um Computador por Estudante do Ensino Superior’ pretende acelerar a digitalização dos processos de ensino, aprendizagem e investigação nas nossas universidades”, afirmou Levi.

A governante fez ainda referência a outras acções complementares, tais como o reforço da largura de banda nas instituições de ensino, aquisição de equipamentos tecnológicos, capacitação de docentes em inovação pedagógica e a implementação de bibliotecas digitais, todas com o objectivo de fortalecer o ensino virtual e garantir o acesso equitativo à educação de qualidade.

A cerimónia ocorre pouco mais de um mês depois do lançamento do projecto “Internet nas Escolas”, realizado em Março no distrito de Nacala-Porto, província de Nampula, pelo Presidente da República, com vista à expansão do acesso à banda larga nas escolas públicas.

“Esperamos que estas medidas contribuam significativamente para elevar os índices de acesso às tecnologias digitais, promovendo a transformação digital do país e preparando Moçambique para a Quarta Revolução Industrial”, sublinhou a Primeira-Ministra.

A Primeira-Ministra apelou às instituições de ensino superior, estudantes, pais e encarregados de educação a divulgarem amplamente esta oportunidade, reforçando o alcance da iniciativa e promovendo uma maior inclusão digital.

Por seu turno, o Ministro das Comunicações e Transformação Digital, Américo Muchanga, classificou o lançamento do programa como um marco significativo para o desenvolvimento do ensino superior em Moçambique, pois a aposta estratégica na educação superior constitui um passo firme na concretização da visão estratégica do Governo em matéria de inclusão digital.

“O lançamento deste programa reforça o compromisso do Governo com a educação de qualidade e a inovação. É também uma demonstração clara da nossa aposta no acesso às tecnologias digitais, condição fundamental para o desenvolvimento sustentável”, afirmou o ministro Muchanga.

A cerimónia contou com a presença de personalidades do sector das TIC, representantes de instituições de ensino, membros do Governo e cerca de 350 estudantes beneficiários directos nesta primeira fase do programa.

Durante a cerimónia, os estudantes expressaram gratidão e entusiasmo face à iniciativa, destacando o impacto positivo que esta poderá ter no seu percurso académico.

“A juventude estudantil, particularmente das áreas de Ciências, Engenharia e Matemática, tem enfrentado dificuldades no acesso a meios tecnológicos essenciais como computadores. Esta limitação compromete a qualidade da aprendizagem e restringe o acesso a ferramentas de simulação, plataformas de investigação e software especializado”, referiram.

Os estudantes reconheceram o papel decisivo da liderança do Presidente da República, Daniel Chapo, na materialização desta acção transformadora.

“Sentimo-nos verdadeiramente incluídos neste processo de transformação digital. A distribuição dos computadores representa uma aposta no capital humano nacional e um investimento directo no nosso futuro”, sublinhou o representante dos estudantes.

O representante dos estudantes apelou à continuação do programa e à expansão do acesso às TIC em todos os níveis de ensino, reafirmando o seu compromisso com o uso responsável dos recursos.

“Estamos conscientes da responsabilidade que este gesto acarreta. Usaremos os computadores com zelo, para aprender, inovar e ultrapassar os desafios académicos. Faremos da educação um verdadeiro instrumento de progresso, inspirado pelo espírito de 25 de Junho, Dia da Independência Nacional, e pela visão de um Moçambique mais justo, moderno e tecnologicamente avançado”, enfatizou.