João Virgínia está em fim de contrato com o Everton e avalia saídas para o futuro. Ingleses podem acionar cláusula de renovação, mas o guarda-redes não rejeitaria regresso a Portugal pela porta grande, até porque nunca esqueceu os anos passados no Seixal
João Virgínia, 25 anos, guarda-redes português do Everton, está em final de contrato. O futuro, como explica em exclusivo a A BOLA, pode passar por Goodison Park ou até pelo futebol português.
— Como está a correr a sua temporada no Everton?
— Está a correr bem. Temos tido bons resultados, a mudança de treinador teve impacto forte. A equipa reagiu bem, está num bom momento. Tenho feito bem o meu trabalho, apoiando a equipa e quando sou chamado à ação, estou lá.
— Continua a lidar situação contraditória: joga na Premier League, mas está tapado por Jordan Pickford, guarda-redes internacional inglês.
— Sim, não é a situação ideal. Claro que eu quero jogar. E quanto mais jogar, melhor. Mas, por outro lado, tenho um guarda-redes muito capaz, que tem tido temporadas muito boas. Tenho-o ajudado e pressionado, também, para ele estar a este nível. E tenho uma relação boa com o Jordan, com a equipa. Não é fácil ser o guarda-redes suplente, mas eu tenho estado preparado por qualquer situação.
— Qual é a sua situação contratual?
— São os meus últimos seis meses, mas o clube tem opção para renovar. Já falou em renovar além desse ano, mas nada avançou, nada foi concreto. E continuo só com os meus últimos meses.
— E já tem planos?
— Não, não posso tomar nada em definitivo, há opção do Everton para ser acionada até ao final da época. Até lá nada posso decidir. E sinto-me muito confortável no Everton, gosto de estar aqui, gosto de estar na Premier League. Estou cá há sete épocas, sou dos jogadores com mais anos de balneário. De certa forma também há a esperança de jogar mais — e quero jogar. O ideal seria jogar mais aqui, gosto de estar cá.
— Esteve por empréstimo no Sporting em 2021/22. Gostaria de voltar ao futebol português? A oportunidade apareceu-lhe desde então?
— Claro que voltar ao futebol português é algo que deixo sempre em aberto. Principalmente se for nos grandes, como foi há uns anos. E passei por momentos bons no Sporting, onde aprendi muito. Estive com o mister Vital, com o mister Amorim, foi época importante para o meu desenvolvimento. Sei que há clubes grandes com interesse e que me acompanham desde que saí. Mas ainda nada avançou.
— Há 10 anos trocava o Benfica, ainda juvenil, pelo Arsenal. Gostaria de voltar ao Benfica?
— Voltar ao Benfica é algo que vejo com muito bons olhos, é o clube onde fiz a formação, onde cresci como jogador, desde pequeno. Eu sei que há interesse e que segue o meu percurso, mas nada houve que avançasse, algo em concreto.
— Houve algo em janeiro?
— Foi o que eu disse. O interesse está lá e houve interesse em vários mercados, não só do Benfica, como de outros grandes na Europa, mas nada se desenvolveu.
— Qual seria a posição do Everton em relação a uma abordagem?
— O Everton tem sido claro, querem que eu fique. Valorizam muito o meu trabalho, acreditam muito em mim. O Everton não me deixou sair neste mercado e também não me deixou sair no anterior, porque eles acreditam no meu potencial.
— Como recorda o Sporting?
— Foi passagem curta, mas ganhei a Taça da Liga, experimentei o futebol português sénior. Quando saí era juvenil. Foi passo acertado.
Fonte: A Bola