Entrevista A BOLA «O meu objetivo é chegar à equipa A do Benfica, o meu clube de coração»

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«O meu objetivo é chegar à equipa A do Benfica, o meu clube de coração»

Joana Valente, internacional de formação por Portugal, estreou-se esta época na equipa B do Benfica, o seu «clube de coração». Apesar de ainda ter 18 anos, idade júnior, já joga no meio-campo da segunda equipa sénior das águias e traça um objetivo: chegar à equipa principal. Em entrevista a A BOLA aborda estes temas, o período antes de chegar ao Seixal e a evolução no futebol feminino nos últimos anos.

— Em primeiro lugar, como é que se deu a oportunidade de jogar pelo Benfica?

— Comecei no Estoril Praia aos 8 anos. Joguei lá durante cinco anos com os rapazes e depois o Benfica convidou-me. E eu não pude recusar. É o clube do meu coração e, desde então, estou no Benfica.

— Treinando e jogando com os rapazes, sentiu alguma diferença de tratamento, quer por colegas, quer por adversários?

— Não, eu sempre me dei muito bem com os rapazes e gostava muito deles. Tinha lá amigos e não sentia nenhuma discriminação. Era completamente normal. Acho que não senti grande diferença. Tanto nas raparigas como nos rapazes, sempre me trataram muito bem. Portanto, não senti grande diferença em relação a isso.

— Entretanto, rumou ao Benfica. Está, sensivelmente, na quinta temporada ao serviço das águias e, esta época, estreou-se pela equipa B. Como é a competitividade no plantel?

— Este ano, a competitividade aumentou. É claro, subi de escalão, é normal. Mas tenho gostado muito. Estou com as minhas colegas, aprendo muito com elas. Espero que elas também aprendam comigo. E é o meu primeiro ano na equipa B, tem corrido bem. Espero subir à equipa A o mais rápido possível, é o meu objetivo. E vou continuar a trabalhar com elas para que isso se realize.

— Tem notado uma grande diferença entre os escalões de formação, em que as atletas têm mais ou menos a mesma idade, para, agora, a equipa B, em que jogam com equipas séniores?

— Um bocadinho. É mais competitivo, sobretudo quando jogamos contra equipas A que estão na segunda divisão. Nota-se um bocadinho a diferença de intensidade. Mas nós também treinamos uma intensidade muito alta e, por isso, estamos preparadas para, nos jogos jogarmos com essa mesma intensidade. E acho que temos sido também competitivas ao nível das outras equipas. É ésse o objetivo.

— Falou há pouco da possível subida à equipa A. Já foi treinar com a equipa principal ou já teve algumas indicações sobre uma possível subida?

— Ainda não, ainda não tive nenhumas indicações. Mas espero ter brevemente. Porque era um sonho poder jogar na equipa A, poder fazer parte da equipa A do clube do meu coração, o Benfica. É o meu objetivo.

— Também é internacional de formação. Tem acompanhado a evolução ao longo destes últimos anos na forma como as coisas são organizadas, na forma como o futebol feminino está a crescer em Portugal?

— Sim, acho que se nota muito. Tem vindo a crescer de forma muito acentuada. Mesmo nas equipas A e nos campos de formação, as condições que nós temos já são iguais às dos rapazes, praticamente. Então, nota-se muito o crescimento que o futebol feminino tem tido. Espero que continue assim. Se nos derem todas as oportunidades para nós podermos trabalhar, temos de retribuir e apresentar resultados. E acho que é assim que deve ser. Espero que continue a crescer. Ainda há muito trabalho pela frente, mas tem vindo a ser feito da forma correta e espero que continue assim.

— Para além da forma como se cresce dentro dos clubes e das seleções, a sociedade também tem crescido no acompanhamento que faz ao futebol feminino?

— Sim. Acho que as pessoas estão cada vez mais a assistir a jogos de futebol feminino, algo que, antigamente, muito pouca gente via. E nota-se mesmo nos próprios jogos. Os recordes de assistência têm sido batidos constantemente. E isso mostra que a massa associativa no futebol feminino tem crescido cada vez mais. É um grande sinal da evolução do futebol feminino.

Fonte: A Bola

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