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Especialistas Debatem Resultados da Consulta Pública sobre Protecção de Dados Pessoais em Moçambique

Resumo

Especialistas discutem resultados da consulta pública sobre Proteção de Dados Pessoais em Moçambique durante workshop no Hotel Cardoso, em Maputo. O evento técnico e participativo, com cerca de 100 participantes, reúne especialistas nacionais e internacionais em direito digital, proteção de dados e políticas públicas. O objetivo é apresentar e debater os resultados da consulta pública sobre a Proposta de Lei de Proteção de Dados Pessoais, com perspetivas partilhadas entre intervenientes institucionais e sociais. O Presidente do INTIC destacou a importância das contribuições recebidas para fortalecer o projeto de lei, visando proteger os direitos dos cidadãos e promover um ambiente favorável à inovação e desenvolvimento sustentável. Especialistas do Conselho da Europa abordaram a necessidade de um quadro de proteção de dados em conformidade com normas internacionais, enfatizando a transparência no tratamento de dados pessoais.

Especialistas Debatem Resultados da Consulta Pública sobre Protecção de Dados Pessoais em Moçambique

O Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC) realiza de 4 a 6 de Novembro de 2023, no Hotel Cardoso, na cidade de Maputo, um workshop de apresentação dos resultados da consulta pública sobre a Proposta de Lei de Protecção de Dados Pessoais. O evento, que conta com a participação de cerca de 100 pessoas, tem um carácter técnico e participativo, reune especialistas nacionais e internacionais nas áreas de direito digital, protecção de dados e políticas públicas.

O workshop tem como objectivo apresentar e discutir os resultados do processo de auscultação pública sobre a Proposta de Lei de Protecção de Dados Pessoais. Durante o evento, serão partilhadas perspectivas e discutidos consensos entre os principais intervenientes institucionais e sociais. Estão presentes altas individualidades do Governo, representantes de países da CPLP, estudantes universitários, académicos e investigadores de instituições de ensino superior, deputados da Assembleia da República, e representantes de organizações da sociedade civil, nomeadamente organizações de defesa dos direitos digitais, dos direitos humanos e do consumidor.

O Presidente do Conselho de Administração do INTIC, Professor Doutor Lourino Chemane, referiu que a consulta pública, lançada a 5 de Setembro de 2023, foi um exercício de diálogo aberto e construtivo, que envolveu cidadãos, instituições públicas, empresas, ordens profissionais e organizações da sociedade civil. “As contribuições recolhidas trouxeram reflexões valiosas e fortaleceram o conteúdo do projecto de lei, tornando-o mais inclusivo, aplicável e coerente com as realidades nacionais e os padrões internacionais”, afirmou o PCA.

O Prof. Lourino Chemane acrescentou ainda que o futuro quadro jurídico a ser construído será fundamental para proteger os direitos e liberdades dos cidadãos, reforçar a confiança nas instituições digitais e promover um ambiente que favoreça a inovação, o investimento e o desenvolvimento sustentável.

A project officer do Glacy-e Project, Oana Tarus, explicou o compromisso do Conselho da Europa em reforçar as capacidades dos operadores de justiça penal na investigação de cibercrimes. Tarus destacou que este processo contribuirá para garantir a privacidade e segurança dos indivíduos, ao mesmo tempo que impõe obrigações e responsabilidades às organizações para garantir o tratamento seguro e transparente dos dados pessoais.

O perito do Conselho da Europa, Bruno Bione, abordou a Convenção 108+ e a necessidade de adoptar um quadro de protecção de dados que esteja em conformidade com as normas internacionais. Bione enfatizou a importância de práticas informacionais justas, no sentido de garantir que os cidadãos compreendam como os seus dados estão a ser tratados, com total transparência.

Por sua vez, Rosa Dique, chefe do Departamento de Protecção de Dados no INTIC, apresentou a proposta de lei de protecção de dados pessoais, explicando a fundamentação e a metodologia utilizadas. Rosa Dique afirmou que a aprovação deste instrumento legal representará um passo estratégico para uma sociedade digital mais justa, segura e transparente. Ela destacou ainda que a adopção desta proposta permitirá a harmonização da legislação moçambicana com os padrões internacionais, o que contribuirá para aumentar a confiança dos cidadãos no uso de serviços digitais e nas instituições.

Durante os três dias de workshop, também serão discutidos temas relacionados com o projecto de lei sobre cibercrime em Moçambique e a harmonização da legislação nacional com as normas internacionais. A expectativa é que o documento técnico final seja consolidado com os principais resultados da consulta pública, e que as recomendações sejam validadas pelos participantes, para dar forma à versão final da Proposta de Lei de Protecção de Dados Pessoais. Espera-se também que o evento tenha reforçado a transparência e a participação no processo legislativo, criando uma base técnica e política sólida para a submissão da proposta à Assembleia da República.

Com este processo, Moçambique está a dar passos significativos para a criação de um marco regulatório robusto em matéria de protecção de dados, alinhado com as melhores práticas internacionais, visando a segurança e a privacidade dos cidadãos num mundo digital cada vez mais globalizado.

Fonte: INTC

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