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Thursday, October 30, 2025
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Estado perde entre 60 e 70 milhões de dólares por ano devido à pesca ilegal

Resumo

O sector das pescas está a intensificar a sensibilização devido ao período de veda da pesca do camarão de superfície e caranguejo do mangal, que decorre de 1 de novembro a 31 de março de 2026. O secretário de Estado do Mar e Pesca, Momade Juízo, lidera esta sensibilização na Zambézia, apelando aos pescadores para respeitarem as regras do período de veda, visando a preservação dos recursos marinhos. Alguns pescadores pediram a redução do período de veda devido à falta de emprego, enquanto Momade Juízo alertou para as perdas anuais de 60 a 70 milhões de dólares devido à pesca ilegal em Moçambique. O secretário já sensibilizou grupos de pescadores em várias regiões para a importância do cumprimento do período de veda.

O sector das pescas intensifica o processo de sensibilização por conta do período de veda da pesca do camarão de superfície e caranguejo do mangal, que se inicia a 1 de Novembro próximo e termina a 31 de Março de 2026.

A recente sensibilização está a ser liderada pelo secretário de Estado do Mar e Pesca, Momade Juízo, que trabalha há três dias na Zambézia, onde tem estado a reunir-se com os pescadores.

No diálogo com os pescadores, o secretário de Estado do Mar e Pesca tem estado a passar mensagens no sentido de observarem o regulamento do período de veda da pesca do camarão de superfície e do caranguejo do mangal.

“Nós queríamos pedir aos nossos colegas para exercermos a actividade da pesca de forma responsável, queríamos pedir para exercerem a actividade da pesca de acordo com as normas, para permitir que os recursos sejam preservados, possam servir para todos nós, mas também possam servir para as gerações futuras”, apelou Momade Juízo.

No posto de pesca de Zalala, onde o secretário de Estado trabalhou, alguns pescadores mostraram resistência, mas Momade Juízo teve de explicar a importância da veda para o ecossistema marinho. 

“As malhas autorizadas para pescar, o período indicado para parar de pescar e para começar ou recomeçar a actividade da pesca… esta situação que foi apresentada aqui, nós vamos verificar as artes, vamos trabalhar para ver, rede a rede”, disse. 

Já os pescadores e vendedoras de peixe deixaram ficar alguns pedidos ao secretário de Estado do Mar e Pescas. Zainura Gordo, por exemplo, pediu que o período de veda seja diminuído.

“Aqui nós não temos vagas de emprego. Nossas vagas estão ali mesmo na praia”, argumentou, frisando que “estamos a pedir veda diminuir alguns meses, porque a nossa sobrevivência é só na praia e não temos outra arte aqui.”

Por seu turno, Mariamo Francisco, também vendedora de peixe, afirmou entender e reconhecer o trabalho que é feito, mas reiterou o pedido de redução do período de veda. “Estamos a pedir, pelo menos, deixarem-nos vender até Dezembro acabar, e pelo menos iniciar a veda em Janeiro, pelo menos”.

Sobre a pesca ilegal, Momade Juízo fez saber que o Estado moçambicano perde entre 60 e 70 milhões de dólares por ano, por conta do fenómeno.

“Com relação à pesca ilegal, os dados históricos mostram que o país perde entre 60 e 70 milhões de dólares por ano por prática da pesca ilegal, e é com base nisso que nós nos concentramos a agir de forma que a nossa fiscalização tenha a robustez necessária para evitar essas perdas”, esclareceu.

Momade Juízo já trabalhou com grupos de pescadores de Macuse, em Namacurra, Zalala em Quelimane e ao longo do Rio Bons Sinais, de modo a sensibilizá-los para observarem o período de veda.

Fonte: O País

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