Resumo
Os Estados Unidos atualizaram a lista de minerais críticos, incluindo prata, cobre e carvão metalúrgico, para reforçar a segurança das cadeias de abastecimento e o controlo estratégico de recursos. Esta medida, que reflete a prioridade do Governo americano, poderá influenciar futuras políticas tarifárias e apoio federal a projetos domésticos. A inclusão da prata surpreendeu os analistas, levantando preocupações sobre possíveis tarifas que poderiam afetar o mercado global, especialmente nas indústrias de energia limpa, eletrónica e joalharia. Esta atualização reflete a tendência de protecionismo e reindustrialização nos EUA, podendo impactar o comércio internacional e decisões de investimento no setor mineiro. Washington procura reduzir a dependência de importações da China e de outros fornecedores asiáticos, visando maior autonomia na produção de matérias-primas essenciais.
Medida sinaliza prioridade estratégica de Washington na segurança das cadeias de abastecimento e poderá influenciar futuras políticas tarifárias
O Governo dos Estados Unidos decidiu acrescentar a prata, o cobre e o carvão metalúrgico à sua lista de minerais críticos, uma actualização que reforça a prioridade atribuída pela administração americana à segurança das cadeias de abastecimento e ao controlo estratégico de recursos industriais essenciais.
Reforço da Estratégia Industrial e de Segurança
A nova actualização foi anunciada pelo Departamento do Interior, em coordenação com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), e insere-se na política definida desde a administração Trump para assegurar o abastecimento de minerais considerados vitais para a economia e a defesa nacional.
A lista determina quais os materiais sujeitos a revisão tarifária ao abrigo da Secção 232, que regula medidas de protecção por motivos de segurança nacional, e quais os projectos domésticos elegíveis a apoio federal.
Segundo o USGS, as novas adições incluem substâncias que os EUA já produzem em grande escala e exportam, como o carvão metalúrgico e o boro, além de metais estratégicos como chumbo, fosfato, silício, urânio e rênio, este último usado em motores a jacto.
Mercado da Prata Sob Atenção
Embora a inclusão do cobre e do carvão fosse amplamente esperada, a entrada da prata na lista surpreendeu os analistas.
A especialista Gracelin Baskaran, do Center for Strategic and International Studies (CSIS), observou que a decisão “envia um sinal claro ao mercado sobre as prioridades do Governo americano”, e facilitará o alinhamento do apoio federal a minerais considerados críticos.
Analistas alertam, contudo, que uma eventual imposição de tarifas sobre a prata poderá abalroar o mercado global, tendo em conta o papel central do metal nas indústrias de energia limpa, electrónica e joalharia.
Nos Estados Unidos, os receios de tarifas levaram já a um acumular recorde de inventários em Nova Iorque, ao passo que Londres registou escassez temporária do metal.
Impactos e Implicações
A inclusão destes minerais na lista crítica reflecte a tendência de reindustrialização e proteccionismo selectivo que marca a actual política económica dos EUA.
A medida poderá influenciar novas tarifas sectoriais, alterar fluxos comerciais internacionais e condicionar decisões de investimento em mineração e metais estratégicos.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Num cenário de competição tecnológica e energética global, Washington procura reduzir a dependência de importações da China e de outros fornecedores asiáticos, garantindo maior autonomia na produção de matérias-primas vitais.
Fonte: O Económico





