Por: Alfredo Júnior
A 60ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM) arranca a 25 de agosto, no recinto de Ricatla, distrito de Marracuene, e deverá afirmar-se, mais uma vez, como o maior espaço de negócios e promoção económica do país. Organizada pela Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), a feira terá a duração de sete dias e contará com a presença de cerca de 3.150 expositores, dos quais 2.350 nacionais e 800 estrangeiros, representando 27 países.

Sob o lema “Promovendo a Diversificação Económica rumo ao Desenvolvimento Sustentável e Competitivo de Moçambique”, a FACIM pretende mostrar o potencial do país em diferentes áreas, desde a agricultura, indústria, energias, turismo, tecnologia, saúde, até serviços financeiros. O evento espera receber perto de 70 mil visitantes, superando os números de edições anteriores, numa altura em que Moçambique procura reforçar a sua integração económica regional e atrair novos investimentos.
Entre as atividades paralelas, destaca-se o fórum de negócios Moçambique–África do Sul, que deverá consolidar parcerias estratégicas e abrir novas oportunidades de cooperação. Para além disso, o certame servirá de vitrine para empresas emergentes nacionais, que terão a possibilidade de apresentar soluções inovadoras num espaço tradicionalmente dominado por grandes corporações.
A FACIM, criada em 1964 e transferida para Ricatla em 2010, é hoje considerada uma das maiores feiras multissetoriais da África Austral. Mais do que um espaço de exposição, tornou-se um ponto de encontro entre empresários, investidores e o público em geral, contribuindo para o debate sobre o futuro económico do país.
O desafio, no entanto, continua a ser transformar a visibilidade conquistada na feira em resultados concretos de investimento e diversificação produtiva. Para muitos observadores, a FACIM é uma montra do que Moçambique pode oferecer, mas também um espelho das dificuldades estruturais que persistem no ambiente de negócios.