A ideia, segundo informação partilhada esta tarde pelo administrador-delegado da empresa, Gustavo da Cruz, vai permitir que o público se sirva da tecnologia digital para encomendar, pagar e receber no domicílio os medicamentos de que necessita, proporcionando maior comodidade e flexibilidade na provisão deste serviço.
Falando numa conferência organizada no âmbito da 60.ª edição da FACIM, que decorre em Marracuene, o orador destacou a vantagem que o serviço vai trazer, sobretudo no que diz respeito à aproximação da farmácia aos cidadãos e ao alargamento do acesso a um serviço seguro e de qualidade, a preços que considera justos.
No debate que se seguiu, foram suscitadas questões como a necessidade de protecção dos utentes, considerando o risco provável de aumento de casos de auto-medicação.
Associado a isto, foram igualmente levantadas questões como a necessidade de se acautelar casos de fraudes, garantindo que haja um controlo rigoroso envolvendo todas autoridades farmacêuticas e da saúde.
Por sua vez, João Grachane, da Autoridade Nacional de Medicamentos, disse que a auto-medicação é responsável por cerca de 40 a 60 por cento dos problemas relacionados ao uso de medicamentos.
Defende, por isso, que seja potenciada a educação pública sobre o uso de medicamentos, e que sejam respeitadas normas que regulam a venda de medicamentos.
Segundo Grachane, numa primeira fase esta venda online de medicamentos deverá ser feita em farmácias licenciadas, para que se garanta o necessário controlo.
Fonte: Jornal Noticias