FC Porto-Sporting, 1-1 Cansaço, expulsões e resultado injusto: tudo o que disse Rui Borges

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Treinador do Sporting reconheceu que a sua equipa quebrou fisicamente na segunda parte e deu mérito ao FC Porto pelo empate. Lamentou ter perdido dois jogadores por expulsão

– Fazendo uma análise do que foi o jogo considera que o resultado é justo ou o Sporting fica demasiado penalizado por perder dois pontos nos minutos finais?

– Na primeira parte fomos melhores em todos os momentos, o FC Porto tem dois lances de perda de bola nossa, até então não tinha chegado à nossa baliza. Controlámos o jogo com e sem bola, saímos a ganhar merecidamente da primeira parte. Depois na segunda parte não entrámos muito bem, fomos perdendo alguma confiança, fomos sentindo que a em termos de energia, fulgor, fomos baixando um bocadinho, tentámos depois sabendo que íamos estar com um bloco mais baixo ajustar a uma linha de cinco a nível para tentar encurtar duelo defensivos, que o FC Porto estava a bascular, estava a ser mais audaz na pressão alta, estava a meter muita gente na largura e nós queríamos tentar encurtar o mais rápido possível esse espaço, evitar cruzamentos, também ter mais gente se acontecessem esses cruzamentos, sabíamos de antemão que íamos baixar mais um bocadinho o bloco, o FC Porto teve algumas aproximações à nossa baliza, acabámos por ser competentes, mas, apesar de tudo, as melhores oportunidades na segunda parte, mesmo com um bloco mais baixo e com uma segunda parte não tão boa como a primeira em termos ofensivos, que não fomos capazes de ter bola durante muito tempo, controlar o jogo, as melhores oportunidades de golo são nossas, pelo Quenda e o Harder, nesses dois momentos podíamos ter acabado como o jogo , mas não fizemos o 2-0 e acabámos por andar até o fim naquele bloco baixo. Sabíamos que andávamos mais perto da nossa baliza, fomos sendo competentes, perdemos ali um bocadinho o rigor nos últimos cinco minutos e acabámos por ser penalizados com o golo do empate. Mas, apesar de tudo, por aquilo que foi o cômputo geral, por incapacidade que o FC Porto teve também na primeira parte de nos criar algo, merecíamos ter saído daqui com os três pontos.

– Pelas suas palavras fica a ideia de que o Sporting se pôs a jeito. Diz que esteve por cima durante a primeira parte, controlou o jogo, foi para o intervalo a ganhar, depois baixou o bloco, recuou as linhas. Sente isso?

– Não. O futebol é isto mesmo. É um grande jogo, duas grandes equipas, é natural que o FC Porto a perder 1-0, na segunda parte ia ser mais intenso, mais agressivo, nós fomos perdendo alguma confiança, fomos perdendo algum fulgor em termos de intensidade, em termos defensivo, em termos de basculação, linha média, principalmente, estava a ser um desgaste maior para uma linha de quatro, porque os nossos laterais já estavam com alguma dificuldade em cortar espaços, estavam a deixar muito espaço no um para um na largura, tentámos, de alguma forma, dentro da resposta que a equipa nos estava a dar, ajustar para sermos mais capazes em termos defensivos, porque estávamos a perceber que em termos ofensivos não estávamos com a mesma intensidade e com a mesma capacidade, então temos que agarrar ao último momento do jogo, perante uma grande equipa do outro lado, é respeitá-la, claro que estamos mais perto da nossa baliza, estamos, mas nós apesar de sermos uma grande equipa, não vamos estar 90 minutos sobre a outra, seja o FC Porto, seja outra equipa, por isso, é nesse sentido, tentámos de alguma forma manter, é uma estrutura que a equipa também está habituada, que apesar de tudo, ia-se sentir minimamente confortável nesse sentido, e teve, por isso, e como disse, por a jeito não acredito nisso, acredito sim que o estando o bloco mais baixo estamos mais perto da nossa baliza, é impossível não estar, mas apesar de mesmo estando perto da nossa baliza, lá está, as duas melhores oportunidades são nossas, do Harder e do Quenda, por isso, podíamos ter feito 2-0, não fomos capazes de o fazer, acabámos por ser penalizados, mérito também do outro lado, que foi capaz de acreditar até ao fim e de empatar o jogo.

– Sobre a lesão de João Simões o que pode dizer? A substituição acabou por ser, de alguma forma, castradora para a ideia que podia ter para o jogo, uma vez que foi forçado a meter ali o Debast e a queimar uma substituição?

– Não, são contingências do jogo, a lesão penso que é traumática, espero que não seja nada de grave, também ainda não tenho essa informação, mas penso que é traumática, mas o Debast entrou bem, a equipa fez o golo já com o Debast, continuou a ter a posse, continuou a controlar o jogo, continuou com muita qualidade no processo ofensivo, é natural que acabámos por perder uma paragem para substituição, mas a equipa respondeu bem, apesar de tudo, o que me deixa mais chateado e frustrado é que não podemos perder o equilíbrio nos últimos cinco minutos e ficar com dois jogadores castigados com expulsões, isso é o que me deixa mais chateado, porque já estamos com a contingência das lesões, ainda para mais com castigos, mas continuaremos a ser fortes com toda a certeza.

– Tem-se falado muito de Gyokeres, é um jogador fundamental na sua equipa, percebe-se que tem sido gerido, mas a maioria dos adeptos do Sporting esperavam que hoje fosse titular, mas só entrou perto dos 70 minutos, porquê? Só pode jogar esse tempo?

– O Gyokeres tem estado parado, por mais gestão que tenha vai perdendo alguma capacidade física, por mais que seja um animal competitivo, que é, temos que ter aqui alguns cuidados, os adeptos querem e eu também queria ter o Gyokeres nos 90 minutos, mas não é possível, para já não é possível, volto a dizer, prefiro tê-lo 30 do que não ter nenhum, por isso, entrou, entrou bem, numa fase de jogo até bastante difícil, que ia ser exposto a transições, a mais acelerações, respondeu bem, o Morita igual. Feliz por poder contar com eles, com alguma cautela, como é lógico, pela importância do jogador, não fujo disso, toda a gente sabe, mas é o que é.

– Ainda sobre Gyokeres, no final parecia estar a agarrar-se um pouco aos joelhos. Já falou com ele? Poderá jogar na próxima terça-feira? No final da partida como estava a equipa após duas expulsões?

– A equipa acabou por estar um bocado frustrada, porque fomos capazes durante 90 minutos de nos aguentar com 1-0, de ter essa capacidade, esse esforço, essa atitude, e acabámos por perder essa desconcentração, o que não podemos. Tristes por sofrer o golo, depois tristes por perder mais jogadores, porque todos são importantes e são mais dois que não podem dar contributo no próximo jogo, pelo menos são menos duas soluções que temos. Em relação ao Viktor, estava com a mão no joelho, vai bater aquilo que acabei de dizer, tem estado em recuperação, em alguma contingência, estava cansado, o jogo estava a expô-lo a acelerações, a profundidade, estava desgastado, é normal ter esse desgaste, e as mãos no joelho, acredito que era por estar cansado e a tentar respirar.

– O Sporting viu-se muito encostado às cordas na segunda parte, após na primeira parte ter dominado o jogo. O que é que sente que falhou nas transições ofensivas?

– Falhou tomarmos, às vezes, melhores decisões, não sermos tão precipitados, para mim essas respostas da equipa quando não conseguimos ligar, principalmente em transições ofensivas, com um bocadinho mais de qualidade, é sinal que estamos cansados e, por isso, como disse, claramente nos primeiros 15 minutos da segunda parte, por capacidade do FC Porto, também ser mais pressionante, e a nossa energia ter caído um bocadinho, e era claramente sentido isso, é que tentámos agitar de outra forma, agarrámo-nos no momento de jogo que era o mais defensivo, e nas transições isso é notório, que às vezes ou nos agarrávamos demasiado à bola ou não éramos muito claros naquilo que era a ligação para a transição, por isso, é muito isso, faz parte, não fomos capazes, só temos que melhorar.

Fonte: A Bola

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