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Thursday, December 18, 2025
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FIM DA EXCLUSIVIDADE DA LAM MARCA VIRAGEM NO TRANSPORTE AÉREO INTERNO

Resumo

A entrega da Licença de Exploração de Transporte Aéreo Regular em Rotas Domésticas à Solenta/Fastjet marca um momento importante para a aviação civil em Moçambique. Além de introduzir uma nova companhia no mercado, este ato representa uma mudança na abordagem do Estado em relação à mobilidade aérea interna e ao acesso dos cidadãos a este meio de transporte. Espera-se que a entrada da Solenta/Fastjet reforce a concorrência, levando à redução dos preços das passagens aéreas e à melhoria da regularidade, qualidade e oferta de voos. Esta diversificação de companhias não só beneficia os passageiros, empresários e instituições públicas em termos de eficiência e planeamento, como também impulsiona a economia nacional, criando empregos e oportunidades nos setores do turismo, serviços e logística. A concessão desta licença representa um teste à capacidade do Estado em promover o desenvolvimento do setor aéreo doméstico.

Por: Gentil Abel

A entrega da Licença de Exploração de Transporte Aéreo Regular em Rotas Domésticas à Solenta/Fastjet assinala um momento relevante para a aviação civil moçambicana. Mais do que a simples entrada de uma nova companhia no mercado, o acto sinaliza uma mudança na forma como o Estado passa a encarar a mobilidade aérea interna e o acesso dos cidadãos a este meio de transporte.

Desta feita, um dos principais benefícios esperados com a entrada da Solenta/Fastjet é o reforço da concorrência, factor considerado essencial para a redução dos preços das passagens aéreas. A possibilidade de o regulador estabelecer limites tarifários, aliada à presença de mais operadores, poderá contribuir para tornar o transporte aéreo uma opção viável para um número mais amplo de moçambicanos.

No entanto, os ganhos não se limitam à questão dos preços. A diversificação de companhias tende a melhorar a regularidade dos voos, a qualidade do serviço e a oferta de horários e rotas. Para passageiros, empresários e instituições públicas, maior previsibilidade no transporte aéreo traduz-se em menos perdas económicas, melhor planeamento e maior eficiência.

Assim sendo, a mobilidade interna do país poderá ser reforçada. Num território marcado por grandes distâncias e desafios persistentes na rede rodoviária, o transporte aéreo assume um papel estratégico na integração territorial. Um mercado doméstico mais dinâmico facilita a circulação de pessoas, estimula o turismo interno e contribui para o fortalecimento das economias.

Por outro lado, a entrada de novos operadores tem impacto directo na economia nacional. A actividade aérea gera empregos directos e indirectos, dinamiza os aeroportos regionais e cria oportunidades nos sectores do turismo, dos serviços e da logística. Ao mesmo tempo, um ambiente regulatório mais claro e previsível tende a transmitir maior confiança aos investidores.

Por fim, a concessão da licença à Solenta/Fastjet deve ser encarada como um teste da capacidade do Estado de equilibrar a abertura do mercado com uma fiscalização eficaz e a protecção do consumidor. Se acompanhada de uma supervisão rigorosa e de políticas consistentes, esta nova fase da aviação civil poderá representar um passo decisivo para democratizar o transporte aéreo e aproximar Moçambique de um modelo de mobilidade mais inclusivo e competitivo.

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