Resumo
A extensão da concessão do Terminal KM4 à GTSA por 10 anos visa melhorar a eficiência logística e as condições de trabalho no corredor de Maputo, incluindo a fronteira de Ressano Garcia. O acordo implica investimentos públicos e privados para modernizar infraestruturas, otimizar o fluxo de cargas e automatizar processos aduaneiros. O Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, destaca a importância de gerar valor partilhado e valorizar os profissionais fronteiriços. O modelo de parceria público-privada visa reforçar a sustentabilidade e segurança operacional da fronteira, com investimentos em soluções logísticas modernas e infraestruturas sociais. O projeto faz parte da consolidação do Corredor Logístico de Maputo, com investimentos de US$ 2,2 mil milhões, promovendo a transformação regional e a integração fronteiriça.
A fronteira de Ressano Garcia, uma das mais movimentadas da África Austral, vai beneficiar de um novo ciclo de investimentos públicos e privados destinado a modernizar infra-estruturas, optimizar o fluxo de cargas e melhorar as condições de trabalho dos servidores públicos. O acordo de extensão da concessão do Terminal KM4 à empresa GTSA marca um avanço estratégico na transformação do Corredor Logístico de Maputo.
A assinatura do acordo, liderada pelo Ministério dos Transportes e Logística, garante a gestão do terminal por mais 10 anos, com um plano de investimentos de forte impacto estrutural e social.
Entre as intervenções previstas destacam-se o alargamento para três faixas nas vias de entrada e saída, a criação de uma nova saída para a melhoria do fluxo de camiões e a automação integral dos processos de controlo aduaneiro.
“Esta extensão é uma demonstração clara de que as concessões logísticas em Moçambique podem e devem gerar valor partilhado. Não se trata apenas de melhorar a fluidez do comércio, mas também de valorizar os profissionais que garantem o funcionamento das nossas fronteiras”, afirmou o Ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, durante a cerimónia.
O investimento inclui ainda a construção de uma nova fronteira turística, concebida de raiz, e o desenvolvimento de um complexo habitacional com capacidade para 150 servidores públicos afectos à zona fronteiriça.
Um Modelo Integrado de Concessão Pública
A extensão da concessão introduz um modelo de parceria público-privada que conjuga eficiência logística com responsabilidade social, reforçando a sustentabilidade e a segurança operacional da fronteira.
O gestor da GTSA, Sean Gent, sublinhou que o compromisso vai além da infraestrutura:
“Esta extensão representa um novo compromisso com o futuro do corredor de Maputo. Vamos investir em soluções logísticas modernas, mas também em infra-estruturas que valorizam o servidor público e beneficiam as comunidades vizinhas.”
O ministro João Matlombe destacou que o projecto é uma das últimas etapas de consolidação do desenvolvimento do Corredor Logístico de Maputo, que já concentra investimentos de cerca de US$ 2,2 mil milhões, incluindo a expansão do Porto de Maputo e a modernização da auto-estrada N4.
Transformação Regional e Integração Fronteiriça
Além da requalificação do terminal, o novo ciclo de concessão prevê a modernização dos sistemas de gestão e a digitalização dos processos operacionais, incluindo a introdução de quatro novas faixas rápidas para entrada de carga em trânsito, o que deverá reduzir o tempo médio de cruzamento fronteiriço e aumentar a competitividade logística.
O Governo moçambicano reafirma, com esta decisão, o seu compromisso com a modernização do corredor de Maputo e a integração regional, apostando em infra-estruturas mais eficientes, seguras e socialmente inclusivas.
“Com a expansão do porto, a melhoria da N4 e as novas infra-estruturas de Ressano Garcia, estamos a construir um corredor logístico moderno e competitivo, à escala regional”, concluiu o ministro.
Fonte: O Económico






