Funcionários públicos de sofala reiteram  compromisso com o bem servir ao povo moçambicano

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No âmbito da visita de trabalho à  Província de Sofala, o Presidente da República, Daniel Chapo, reuniu com os funcionários públicos locais, que reafirmaram o  seu compromisso com a causa pública, destacando a sua dedicação  em servir cada vez melhor o cidadão moçambicano. 

Durante o encontro, os funcionários manifestaram a sua satisfação com o início  do pagamento de horas extraordinárias nos sectores da educação e  da saúde, nos anos de 2022 e 2023, mas encorajaram o Governo a  concluir com brevidade este processo, abrangendo todos os 

beneficiários. 

Entre as principais preocupações apresentadas ao Presidente da  República, destacaram-se: A paralisação de actos administrativos como mudanças na  carreira, promoções e progressões desde 2021; O atraso no pagamento de subsídios de morte e funerais, o que  tem causado constrangimentos entre colegas e às famílias dos  falecidos e a morosidade no processamento das pensões de reforma e  seguros de sobrevivência, que impede a entrada de novos  quadros na Administração Pública e representa custos adicionais  para o Estado.

Como soluções, os funcionários propuseram a contratação de  companhias de seguros para gerir os fundos de apoio a funerais e  acidentes de trabalho, pagos mensalmente pelos próprios funcionários.  Em relação às pensões, sugeriram a descentralização dos serviços do  Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), criando delegações  provinciais capazes de responder de forma célere e eficaz às  necessidades dos aposentados. 

“Temos quadros qualificados e estruturas que podem assegurar esse  processo aqui mesmo nas províncias. A descentralização ajudaria a  resolver muitos dos atrasos e a garantir dignidade aos nossos colegas  que tanto contribuíram para o país”, sublinharam. 

A reunião teve lugar na Universidade Licungo, na Cidade da Beira, e  enquadrou-se no intenso programa da visita presidencial à Província de  Sofala, que incluiu encontros com vários segmentos da sociedade, inaugurações de infraestruturas e comícios populares nos distritos da  Beira, Nhamatanda e Chibabava. 

Em resposta às preocupações apresentadas pelos funcionários públicos  da Província de Sofala, o Presidente da República destacou a importância de se cultivar uma cultura de  responsabilidade, ética e sigilo profissional na Administração Pública,  como elementos fundamentais para fortalecer a confiança dos  cidadãos nas instituições do Estado. 

Durante a sua intervenção, no final do encontro marcado por apelos à  valorização dos servidores e melhorias nas condições laborais, o Chefe  de Estado respondeu  sublinhando que “todas as questões levantadas pelos funcionários  estão a ser tratadas, merecendo um estudo profundo para que o  funcionário se sinta valorizado”. 

Referindo-se aos casos recorrentes de fuga de informação e  divulgação indevida de documentos institucionais em redes sociais, o  Presidente condenou a prática de partilhar conteúdos não autorizados. 

Para o Presidente, o sigilo profissional deve ser uma das marcas da  função pública. “Há assuntos que dizem respeito à vida das pessoas e  que devem ficar mesmo no serviço, ao em vez de levar assuntos  confidenciais do trabalho para casa”, ironizou, arrancando aplausos e  risos dos presentes. 

Daniel Chapo afirmou que a confiança dos utentes nas instituições  públicas passa também pela seriedade com que os servidores públicos  tratam as informações e pelo combate frontal à corrupção. “Para que  as pessoas denunciem actos de corrupção, precisam confiar em quem  os escuta. Precisam ter a certeza de que a sua identidade será  protegida e que a denúncia será tratada com responsabilidade”,  observou. 

Sobre esta matéria, reiterou que é dever do Estado proteger as fontes e  garantir que os mecanismos de responsabilização sejam baseados em  provas claras e credíveis. “Queremos um país livre de corrupção, com  instituições públicas em que os cidadãos confiem. Onde o cidadão 

saiba que, ao dirigir-se a um serviço público, o seu problema será  resolvido sem complicações, sem favores e com profissionalismo.”

Fonte: O País

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