A missão da delegação brasileira, mandatada pelo Banco Mundial, teve início nesta segunda-feira, com a realização de uma Reunião de Alto Nível de Troca de Experiência sobre Controlo e Auditoria Interna.
Os técnicos brasileiros dizem que o objectivo passa por reverter o cenário, onde, para além de promover auditoria em busca de falhas, as novas práticas devem ser de antecipar os riscos e desvios de fundos.
O Brasil goza desta mudança há 10 anos e quer passá-la a Moçambique. “Trabalhamos preventivamente para evitar erros, desperdícios e ocorrência de corrupção através de metodologias baseadas em riscos. Antes de os eventos acontecerem, já temos uma previsão do que pode vir a acontecer (…) com controlos e mecanismos de prevenção para evitar a má aplicação do recurso público, e dessa forma nós evitamos o desvio, evitamos o processo futuro que começa com proteger a gestão e evitamos que haja prejuízo para o cidadão”, afirmou Rodolfo Serrano, coordenador da Câmara de Auditoria Interna.
Moçambique vai querer capitalizar o momento, que também serve de reflexo de mecanismos de gestão da coisa pública. “A base da nossa experiência, que é para qualquer país, olhando para melhoria de processo dentro da actuação da auditoria, trazendo as bases, é o mais importante e cabe a cada país, em particular Moçambique, adequar essa aplicação à sua realidade”, acrescentou Antonio Fabio, coordenador geral de Goiás.
À margem do programa, um grupo de mais de 50 auditores e agentes ligados às finanças públicas irá beneficiar de uma indução de quatro dias. “Estamos ansiosos para absorver os vossos valores de conhecimento, compreender em profundidade o modelo institucional do controlo interno brasileiro, e partilhar as melhores práticas no campo da auditoria interna. Acreditamos firmemente que essa troca de experiências nos permitirá aprimorar os nossos próprios sistemas e enfrentar os desafios com maior resiliência e inovação”, salientou o inspector-geral das Finanças, Emmanuel Mabumo.
Fonte: O País