Jogo muito competente (e inteligente) da equipa de Barcelos que soube explorar de forma eficaz todas as debilidades e fragilidades de um dragão intranquilo e sem chama. Félix Correia sentou-se no trono, mas à volta teve toda uma equipa que contribuiu muito para essa distinção.
Uma equipa organizada, consistente e inteligente a anular um dragão quase sempre inoperante. E Andrew não foi o salvador da equipa, longe disso, com noite tranquila, perante um adversário quase sempre inofensivo. O segredo do sucesso começou na linha defensiva. Nos centrais, Josué e Rúben Fernandes, os criadores do segundo golo, o primeiro a marcar, oportuno ao segundo poste, o segundo a assistir após desvio aéreo num canto. Ao bloco central juntaram-se os laterais, Zé Carlos, veloz, a oferecer profundidade e Sandro Cruz, eficaz (tirou o golo a Samu aos 9’) mas com dificuldades na marcação. Na linha intermédia, nota para a consistência de Mory Gbane e o poder físico de Caseres, sempre muito forte nos duelos, a contrastar com a classe e inteligência na leitura de jogo de Fujimoto com assistência sublime para Pablo no primeiro golo. Saiu tocado e a equipa ressentiu-se. No trio ofensivo, por sua vez, Pablo estreou-se a marcar pelos minhotos e cumpriu. Muito forte, incisivo e acutilante no ataque à baliza dos dragões. Menos inspirado teve Touré (ainda deve estar a pensar como desperdiçou aquele lance, na pequena área, aos 29’) e Félix Correia, sempre ativo (e criativo) com ligação aos três golos. Do banco saíram Santi, que ainda conquistou o penálti, Cauê, ainda a tempo de dar imenso trabalho a Otávio e Mboula a acrescentar vivacidade.
Equipa do Gil Vicente
Andrew (6); Zé Carlos (7), Josué (8), Rúben Fernandes (7) e Sandro Cruz (7); Fujimoto (7), Mory Gbane (7) e Caseres (7); Touré (6), Pablo (7) e Félix Correia (8)
Suplentes
Mboula (6), Santi (7), Cauê (6), Marvin (‑) e Aguirre (-)
Fonte: A Bola