O Secretário de Estado do Mar e das Pescas, Momade Juízo, defendeu hoje a necessidade de transformar o Conselho de Economia Azul num espaço inclusivo, técnico e estrategicamente orientado para produzir soluções concretas para o desenvolvimento sustentável dos recursos marinhos e das águas interiores.
O pronunciamento foi feito durante a abertura da Primeira Sessão Ordinária do Conselho de Economia Azul de 2025, que decorreu em Maputo.
Segundo Momade Juízo, “o Conselho deve reunir diferentes actores, sensibilidades e competências, criando um espaço onde o conhecimento científico, a visão política, a experiência empresarial e a voz das comunidades possam convergir para um objectivo comum”, acrescentando que o sector deve fazer do mar e das águas interiores uma fonte sustentável de riqueza nacional.
“Queremos um Conselho de Economia Azul não de quantidade, mas de qualidade. Um Conselho que pensa, propõe e acompanha; que agrega conhecimento técnico e visão estratégica; e que ajude o ProAzul e o Governo a tomar decisões cada vez mais informadas, sustentáveis e transformadoras”, afirmou o governante.
O Secretário de Estado disse esperar que da sessão resultem orientações práticas, recomendações sólidas, consensos técnicos e compromissos institucionais que reforcem a capacidade do ProAzul e de todo o sector na implementação coordenada de políticas e programas ligados à economia azul.
“Que as discussões inspirem novas soluções, melhorem a articulação entre sectores e consolidem o papel deste Conselho como um verdadeiro espaço de diálogo estratégico e de inteligência colectiva para o país”, declarou.
Mais do que a aprovação de instrumentos estratégicos, Momade Juízo sublinhou que o impacto da sessão deve ser medido pela sua capacidade de demonstrar um modelo de funcionamento articulado, inclusivo e inovador.
“O que se espera desta sessão é que ela deixe a sua marca de referência institucional, mostrando como o Conselho pode fortalecer a governação e a promoção integrada da economia azul em Moçambique”, frisou.
O Secretário de Estado lembrou que, à escala global, a economia azul ganha cada vez mais importância, pelo seu papel na geração de emprego, alimentação, energia, proteção ambiental e desenvolvimento económico sustentável. Por isso, apelou ao compromisso dos membros do Conselho para que Moçambique aproveite de forma equilibrada e responsável o seu potencial marítimo e hídrico.
Já o Secretário do Presidente do Conselho de Administração do Fundo ProAzul, Petersburgo, afirmou que o caminho percorrido até aqui demonstra resiliência e compromisso, garantindo a continuidade das acções.
“Apesar dos resultados alcançados, há consciência de que são necessárias mudanças para atingir os objectivos almejados”, afirmou, acrescentando ainda, “Queremos começar hoje uma nova etapa e escrever, com tinta indelével, a nossa história no caminho do Fundo de Desenvolvimento da Economia Azul”.
Fonte: O País