O abandono escolar é movido pela busca de sustento rápido, facto que preocupa as autoridades do sector da Educação. Reagindo ao assunto, a ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, reconhece a gravidade da situação e garante que o Executivo está a trabalhar directamente com as comunidades locais.
“Estamos a desenvolver um trabalho de sensibilização de base junto das comunidades, para evitar que a pobreza empurre as crianças para o garimpo. Queremos acabar com este problema que não ocorre só em Manica”, afirmou Tovela.
Em paralelo, o sector enfrenta também desafios laborais. Professores de cinco escolas na cidade de Chimoio decidiram paralisar as aulas durante 30 dias, reivindicando o pagamento de horas extras em atraso. A ministra confirmou a existência das queixas e anunciou medidas, com destaque para a negociação.
“Foi alocada uma equipa para negociar com os professores em Chimoio e encontrar uma solução”, disse a governante.
Tovela abordou ainda a situação de saúde pública que afecta escolas no distrito de Guijá, província de Gaza, onde mais de 800 alunos estão sem aulas há dois meses devido a sucessivos casos de desmaios.
“Os contínuos casos de desmaios nas escolas de Guijá revelam um problema de saúde pública que requer um trabalho conjunto, a educação com a saúde e a comunidade, por isso temos conselho dos pais nas escolas”, concluiu.
O Governo reafirma o compromisso de garantir que nenhuma criança troque o direito à educação por actividades de sobrevivência, e que as condições de trabalho dos professores sejam devidamente asseguradas.
Fonte: O País






