“Seja ao nível da aldeia, do distrito, de um bairro, onde for, qualquer um que faz energia tem que ter a cara de uma mulher e dizer como é que isso se exprime de uma forma concreta, para servir as mulheres e para que elas possam exercer os seus direitos, e ter as mulheres como impulsionadoras do desenvolvimento que vai beneficiar toda a sociedade”, disse a activista.
Graça Machel incentivou ainda a mudança de mentalidade das mulheres e maior investimento no conteúdo local. “Primeiro organizem-se mulheres e digam nós vamos fabricar fogões melhorados, nós vamos fabricar painéis solares aqui, porque nós temos meninos que saem das nossas escolas, incluindo escolas técnicas (…) Se os chineses aprendem aquela ciência, os africanos também podem aprender”, afirmou.
A activista social disse ainda que é preciso que as mulheres criem condições para alcançar os seus objetivos, e criticou o conceito de inclusão.
“Até dizer inclusão inibe as mulheres de tomarem iniciativa. Tu não tens que ser incluída, mas tens que desenhar aquilo que tu queres, para, então, fazer um mundo que te serve melhor”, vincou.
Fonte: O País