Gueta Chapo preocupada com elevado número de mulheres reclusas 

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A primeira-dama da República, Gueta Chapo,  disse, nesta quarta-feira, na Beira, que está  preocupada com o elevado número de mulheres em situação de reclusão, na cadeia central, condenadas por violência contra pessoas próximas, maridos e filhos. 

Gueta Chapo mostrou a sua preocupação perante   milhares de  mulheres residentes no chiveve, depois de ter visitado a cadeia central da Beira. A primeira-dama lamentou  o nível de  violência por parte de algumas mulheres, um comportamento que  culminou com a condenação das mesmas. A esposa do Presidente da República disse estar preocupada porque uma mãe é a principal educadora de uma sociedade. 

Gueta Chapo  tomou como exemplo o facto de algumas  mulheres maltratarem os filhos, enteados ou sobrinhos. 

“Quando a mãe descobre que essa criança comeu, a tia descobre, a madrasta descobre, a criança sofre. Leva porrada ou é espancada até a morte”, disse Gueta Chapo. 

A primeira-dama  tomou um outro exemplo. Disse que há outras mulheres que foram condenadas por agredirem os maridos, pois não ofereceram-lhes nada no dia 7 de Abril.   

“O marido chega em casa, além de ser cumprimentado com beijinho, é água quente, é óleo (…) Então, nós, como mulheres, temos essa obrigação de educar as mulheres, educar as nossas filhas, mas tudo é começa connosco. Começa na família, para não termos muitas crianças na rua, para não termos muitas mulheres presas. Estava aqui na penitenciária, e as mulheres pediram uma cela maior, mas o que adianta ter uma série maior, se as nossas mentes não mudaram”, questionou.   

Gueta Chapo pediu depois às mulheres para aprimorarem a atenção nas crianças que, segundo disse, estão a consumir drogas.

“O assunto de drogas nas nossas crianças é sério e, nas nossas escolas, as crianças já não estão a estudar. Só estão a fumar e a beber. Onde é que nós estamos como mães e como mulheres”, questionou. 

Foi dada oportunidade para as participantes desta reunião apresentarem as suas preocupações. Destaque foi para o assassinato de 12 mulheres de janeiro a esta parte.

“Em cada dia que passa, é uma mulher que está sendo morta, é uma rapariga que está sendo morta, e não temos clareza, nem onde ir. Pedimos a mamã Gueta e outras mulheres que estão aqui, para nos apoiarem nessa situação”, apelou Inês Chirinda, residente da Beira. 

A primeira-dama terminou exortando a todas as mulheres de Sofala a despirem-se das suas cores políticas e juntas encontrarem a melhor forma para combater os males que enfermam a sociedade.

Além de manter encontros com as mulheres, a primeira-dama ofereceu meios circulantes a mais de 200 líderes tradicionais dos 13 distritos da província de Sofala e solidarizou-se com crianças acolhidas no infantário Primeiro de Maio na Beira.

Fonte: O País

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