A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras independentes de energia hidroeléctrica da África Austral, encerrou o ano de 2024 com uma produção total de 15.753,52 GWh. Este feito foi alcançado num contexto desafiante, marcado por uma seca severa provocada pelo fenómeno El Niño. A gestão cuidadosa dos recursos permitiu à HCB manter níveis de armazenamento superiores aos das barragens situadas a montante.
Gestão e sustentabilidade em destaque
Para enfrentar o cenário hidro-climatológico adverso, a HCB implementou medidas rigorosas de gestão da albufeira, incluindo a suspensão de descargas ao longo de 2024. A empresa espera que, com a possível ocorrência do fenómeno La Niña até ao final da época chuvosa 2024/2025, seja possível recuperar níveis de armazenamento suficientes para garantir a produção energética necessária para 2025 e anos subsequentes.
Resultados financeiros e contribuição ao estado
Os dados preliminares indicam que o desempenho da HCB em 2024 gerou um resultado líquido superior a 225 milhões de dólares, estabelecendo um novo recorde na história da empresa. Para 2025, estima-se que a HCB contribua com aproximadamente 292 milhões de dólares para o erário público, entre impostos, taxas e dividendos. São resultados que reflectem o papel estruturante e estratégico da Hidroeléctrica de Cahora Bassa no desenvolvimento socioeconómico do País.
O Presidente do Conselho de Administração, Tomás Matola, destacou a importância da HCB no desenvolvimento económico de Moçambique e na melhoria das condições de vida das comunidades. “A HCB continua a desempenhar um papel estruturante no país, promovendo iniciativas de responsabilidade social em áreas como educação, saúde, cultura e desporto”, afirmou Matola.
Compromisso com o futuro energético de Moçambique
Com uma gestão focada na sustentabilidade e na maximização dos ganhos, a HCB reforça o seu papel como um dos pilares do sector energético em Moçambique e na região austral de África. A empresa projecta, para 2025, um desempenho alinhado com as necessidades energéticas locais e regionais, consolidando-se como “Cahora Bassa, o Orgulho de Moçambique”.
Fonte: O Económico