O distrito de Cahora Bassa em Tete terá, nos próximos seis meses, um Hospital Distrital, cuja primeira pedra para a sua construção foi lançada esta quarta-feira. A unidade sanitária a ser construída na Vila de Chitima é da iniciativa da Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB).
As populações dos distritos de Marara, Magoe, Marávia e Changara, em Tete, vivem há vários anos uma realidade marcada pela distância no acesso a serviços de saúde de referência, isso porque os Centros de Saúde encontram-se distantes de unidades sanitárias de referência. Para realizar exames básicos como Raio-X, muitos pacientes ainda recorrem ao Hospital Rural de Songo.
A primeira pedra lançada para a construção do Hospital Distrital de Cahora Bassa, feita no âmbito da celebração dos 50 anos da HCB, representa para a população local o fim de um martírio que obrigava pacientes em estado grave, especialmente do Centro de Saúde de Chitima, a percorrer cerca de 25 quilómetros até Songo, em busca de cuidados médicos adequados.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração da HCB, Tomas Matola, o novo hospital contará com capacidade para cerca de 65 camas e oferecerá serviços essenciais, incluindo consultas externas, bloco operatório, maternidade, enfermarias, morgue, lavanderia e uma casa mãe-espera.
“Representa um investimento da HCB de 446 milhões de meticais. Este valor corresponde a um investimento de chave na mão, ou seja, para além de investimentos na infraestrutura, o hospital terá equipamento hospitalar, equipamento informático e tudo mobiliário, o que significa que no dia da inauguração, o hospital estará em condições de começar a operar”, sublinhou o PCA da HCB.
A localização foi escolhida de forma estratégica para responder às necessidades de quatro distritos circunvizinhos, reforçando o Sistema Nacional de Saúde.
A cerimónia foi dirigida pelo Ministro da Saúde, Ussen Isse, que, na ocasião, referiu ser este um avanço nas melhorias de saúde para a população.
Conforme disse o ministro, a iniciativa chega também como resposta às situações de urgência que antes não podiam ser resolvidas localmente, para o caso de doenças que não permitem transferência e devem ser resolvidas imediatamente.
“Estamos aqui hoje a construir um hospital para dar esta resposta e salvar as nossas mulheres, as nossas crianças e demais pacientes aqui em Chitima e não só”, destacou Ussen Isse .
Além da melhoria no acesso à saúde, a população local vê no novo hospital uma oportunidade para combater o desemprego, com a criação de postos de trabalho directos e indirectos durante a construção.
As obras terão duração de seis meses e exigiu-se do empreiteiro rigor e qualidade e cumprimento dos prazos.
Com esta nova unidade sanitária, a província de Tete passará a contar com 166 unidades de saúde, ampliando a rede de atendimento e aproximando os serviços das comunidades que mais precisam.
Fonte: O País