Chama-se Juma Abdul de 32 anos de idade, trava uma dura batalha contra insuficiência renal que paralisou a sua vida há cinco anos. E, porque o seu estado de saúde tende a piorar a cada dia, queixa-se de privações diversas…
Juma fala em gastos mensais na ordem 15 mil meticais só em fármacos, viagens e consultas hospitalares em Xai-Xai e Maputo, o que em menos de dois anos esvaziou as poupança, e sem emprego tudo ficou ainda mais complicado.
Nenhum dos serviços de que necessita para alimentar a esperança de reaver a sua saúde se encontra operacional há quase um ano, no hospital Rural de Chibuto em Gaza. E, a insatisfação sobe.
A degradação da infraestrutura impede a prestação de um atendimento humanizado a mais de 80 mil utentes que residem no na área municipal.
No “vasto rol de problemas” apontados ao edifício, destacam-se a crise de água, imundice nos sanitários, fissuras e infiltrações nas paredes e tecto e morgue a funcionar com deficiências profundas há mais de 20 anos.
E mais, o atendimento e serviços prestados são descritos como péssimos, com destaque para falta medicamentos diversos.
Maulano Marcos admitiu os riscos que o edifício representa para os pacientes, mas diz estar de mão atadas para o problema, que, aliás, é do conhecimento do Ministério da Saúde.
A administradora de Chibuto já reagiu ao assunto, e diz ser um problema que não pode mais esperar.
Enquanto Governo busca 60 milhões de dólares para construção de um novo hospital, mais 250 mil pessoas estão privadas ter acesso a serviços de saúde condignos, no distrito de Chibuto, em Gaza
Fonte: O País