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Saturday, December 13, 2025
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Inflação Mantém Trajectória Moderada Em Novembro, Mas Pressões Alimentares Persistem

Resumo

Em novembro de 2025, Moçambique registou uma inflação mensal de 0,29% e uma inflação homóloga de 4,38%, com os alimentos a continuarem a ser o principal foco de pressão. Os preços mantiveram um crescimento moderado, destacando-se aumentos nos alimentos como tomate, coco, carapau, peixe seco e refeições em restaurantes. A inflação acumulada foi de 2,73% e a homóloga de 4,38%, consideradas moderadas regionalmente. As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Restaurantes, hotéis, cafés foram as que mais contribuíram para a inflação. Diferenças regionais mostram desigualdades de preços, com destaque para a Província de Inhambane, Cidade de Tete e Cidade de Chimoio. Maputo apresentou uma inflação mensal de 0,47%.

Aumento Mensal De 0,29% E Inflação Homóloga De 4,38% Reflectem Estabilidade Relativa, Com Alimentos A Continuarem Como Principal Foco De Pressão.

Moçambique registou, em Novembro de 2025, uma inflação mensal de 0,29%, mantendo uma trajectória de crescimento moderado dos preços, embora com persistência de pressões no grupo de alimentação, num contexto que sugere estabilidade relativa, mas ainda exige vigilância da política económica.

Alimentação Continua A Liderar As Pressões Inflacionistas

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, a divisão de Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas foi a que mais contribuiu para a inflação mensal, com cerca de 0,15 pontos percentuais, reflectindo aumentos nos preços de bens essenciais como tomate, coco, carapau, peixe seco e refeições completas em restaurantes.

Este comportamento evidencia a sensibilidade da inflação ao sector alimentar, com impacto directo no custo de vida das famílias, sobretudo nos segmentos de menor rendimento.

Inflação Acumulada E Homóloga Em Níveis Contidos

No período de Janeiro a Novembro de 2025, a inflação acumulada fixou-se em 2,73%, enquanto a variação homóloga atingiu 4,38%, níveis considerados moderados no contexto regional e compatíveis com uma política monetária prudente.

As divisões de Alimentação e bebidas não alcoólicas e de Restaurantes, hotéis, cafés e similares foram igualmente as que mais contribuíram para a inflação acumulada e homóloga, reforçando a leitura de que o consumo alimentar fora e dentro do domicílio continua a pressionar os preços.

Diferenças Regionais Evidenciam Desigualdades De Preços

A análise por centros de recolha mostra que todas as cidades registaram aumentos mensais de preços em Novembro, com destaque para a Província de Inhambane (0,88%), Cidade de Tete (0,63%) e Cidade de Chimoio (0,47%).

Em termos acumulados, a Cidade de Tete lidera com uma inflação de 7,72%, seguida de Quelimane (4,85%) e da Província de Inhambane (3,80%), enquanto Maputo apresenta uma variação acumulada significativamente mais baixa, de 0,93%, revelando assimetrias regionais relevantes no custo de vida.

Leitura Económica E Implicações De Política

Do ponto de vista macroeconómico, os dados do IPC de Novembro reforçam a percepção de uma inflação sob controlo, mas ainda vulnerável a choques de oferta no sector alimentar e a factores sazonais.

Este enquadramento oferece algum espaço de manobra à política monetária, mas não elimina a necessidade de acompanhamento atento, sobretudo tendo em conta a exposição das famílias aos preços dos bens essenciais e o contexto de rendimentos reais ainda pressionados.

Com a inflação a manter-se em níveis moderados, mas ancorada em pressões alimentares persistentes e desigualdades regionais, o desafio das autoridades económicas passa por preservar a estabilidade macroeconómica sem descurar o impacto do custo de vida sobre as famílias.

Fonte: O Económico

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