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Intervenção da Representante do UNICEF em Moçambique, alusivo ao Dia Mundial da Criança, em Quelimane

[imgep]

Sua Excelência Secretária de Estado na Província da Zambézia, Senhora Cristina de Jesus Xavier Mafumo
Sua Excelência Governador da Província da Zambézia, Senhor Pio Augusto Matos
Todo o Protocolo observado mas, mais importante, 
Queridas crianças e queridos jovens! 

É com muito prazer que vos desejo a todos umas calorosas, repito calorosas, boas-vindas à bela cidade de Quelimane, quando nos reunimos para comemorar o Dia Mundial das Crianças, o dia anual de acção do UNICEF para as crianças, pelas crianças. 

Os direitos das crianças são direitos humanos. Mas hoje em dia, em muitos lugares do mundo, os conflitos e os choques climáticos estão a pôr em risco os direitos das crianças – o direito à vida, o direito à protecção, o direito à saúde, o direito a viver em paz com as suas famílias e o direito a aceder a serviços básicos essenciais.

No Dia Mundial das Crianças, estamos a abrir espaço para que as crianças e os jovens levantem a voz sobre as questões que lhes interessam. 
 
E este ano, estamos a aproveitar a oportunidade do Dia Mundial das Crianças para nos concentrarmos na resiliência face ao que considero ser o maior desafio aos direitos das crianças dos nossos tempos: a crise climática. Praticamente todas as crianças do planeta já estão a ser afectadas pelas alterações climáticas – por catástrofes naturais, degradação ambiental, perda de biodiversidade e perturbação de serviços essenciais.

Em Moçambique, as crianças e os jovens estão a viver esta experiência em primeira mão. No início deste ano, nesta mesma cidade, o ciclone Freddy atingiu a costa, causando devastação, perda de vidas e interrupção de serviços básicos essenciais para famílias e crianças. 

E, claro, o Freddy foi apenas um dos grandes choques climáticos que afectaram Moçambique nos últimos anos. Infelizmente, sabemos que estes choques recorrentes não são uma aberração do que é normal – são o novo normal. Mesmo com uma acção concertada e em larga escala a todos os níveis, é provável que venhamos a sofrer os impactos negativos das mudanças climáticas nas próximas décadas, e estes impactos atingirão mais duramente as crianças. 

O UNICEF, sob a liderança do Governo de Moçambique, está a investir fortemente na resiliência – em salas de aula e instalações de saúde resilientes ao clima, em infra-estruturas de água, saneamento e higiene resilientes ao clima, e na preparação e resiliência das comunidades, garantindo que as pessoas tenham as competências necessárias para responder quando ocorre uma catástrofe.

Estes esforços são fundamentais para construir a resiliência de Moçambique à crise climática. Mas, na minha opinião, a maior fonte de resiliência não se encontra nas infra-estruturas, mas sim na paixão e liderança que os jovens estão a demonstrar, quando se trata da crise climática. As crianças e os jovens estão a dar um passo em frente, fazendo ouvir as suas vozes, exigindo mudanças e encontrando soluções.  
 
Vimos essa paixão no mês passado, quando o UNICEF, juntamente com o Ministério da Terra e Ambiente, a Save the Children e outros parceiros, apoiaram a primeira Conferência Local da Juventude sobre Mudanças Climáticas, reunindo mais de 250 jovens em Maputo para discutir soluções para a crise climática. Hoje vamos ouvir os jovens que participaram nessa conferência e os representantes da Coligação Juvenil de Acção Climática de Moçambique, que vão entregar uma Declaração que foi desenvolvida para ser adoptada durante a Conferência, e que será apresentada na Conferência das Partes – COP 28 – no Dubai, no final deste mês.  
 
Também estamos entusiasmados por estarmos a nomear hoje cinco novos Jovens Advogados (Embaixadores), de Cabo Delgado, Nampula e Maputo, muitos dos quais são defensores apaixonados do clima. Estes Jovens Advogados são jovens defensores dinâmicos que estão a liderar o caminho para promover mudanças positivas nas suas comunidades. 
 
Iremos também ouvir uma nova e bela canção centrada no clima e na resiliência da nossa maravilhosa Embaixadora Nacional do UNICEF, Neyma. Obrigado, Neyma, por estar aqui connosco hoje e pelo seu apoio de longa data ao UNICEF. E obrigado aos nossos Mestres de Cerimónias, Abel e Jacimilton, e às crianças e jovens que irão discursar durante este evento. 

Hoje vamos ouvir as vozes das crianças e dos jovens. Ouviremos histórias e vozes poderosas que realçam a importância da resiliência e da liderança dos jovens. Vamos ouvir essas vozes e comprometermo-nos juntos a intensificar a acção para construir um Moçambique mais resiliente, e um mundo mais resiliente, onde as crianças, famílias e comunidades possam enfrentar os choques climáticos e não apenas sobreviver, mas desenvolver-se e prosperar. 
 
Desejo a todos um Dia Mundial das Crianças significativo e agradável! 
 
Muito obrigada. 

Maria Luisa Fornara, Representante do UNICEF Moçambique

Fonte: UNICEF

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