Kasa Branca é o jeitinho brasileiro de falar sobre temas difíceis

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A convite da Sessão Vitrine Petrobrás, assistimos antecipadamente ao filme Kasa Branca, ganhador dos prêmios de Melhor Direção no Festival do Rio, Melhor ator Coadjuvante, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora. O filme chega aos cinemas no dia 30 de janeiro. Vem saber o que achamos!

Alzheimer é um assunto complexo até para os cientistas, esta demência que faz com que o paciente perca progressivamente sua memória afeta quase 10% dos brasileiros com mais de 60 anos e ainda não existe cura. Cuidar de um parente com esta doença normalmente já não é uma tarefa simples, imagina então você ser um jovem afrodescendente que mora na periferia do Rio de Janeiro e tem que cuidar de sua avó que possui tal demência por conta própria? Esta é a premissa básica do filme Kasa Branca. 

Dé e seus dois amigos, Adrianim e Martins, ao se depararem que a doença está em um estado terminal, decidem usar fotos antigas para oferecer as melhores experiências possíveis para sua avó, Dona Almarinda, antes dela se partir. Por mais que o filme retrate uma realidade difícil, ele traz diversas características fortes da cultura brasileira para mostrar como muitas vezes precisamos nos virar para lidar com situações que parecem quase impossíveis. 

Do famoso jeitinho brasileiro, o filme representa as coisas boas como momentos de humor, zoação, muita música, empatia e solidariedade, amizade e até um pouco de sacanagem e pegação, mas também mostra o lado triste de viver endividado em relação ao aluguel e ainda precisar comprar remédios caros para a avó, tendo a necessidade da ajuda de um sistema público falho, seja por falta de recursos ou até por corrupção, e até os conflitos amorosos como a traição e amores não correspondidos fazem parte do drama da vida de Dé.  

Por fim, o filme traz uma mensagem muito bonita do poder da amizade e como a família é aqueles que estão perto de nós, não exatamente quem tem o mesmo sangue. Dé encontra em seus dois amigos um apoio que seu próprio pai negou neste momento de dificuldade. A história é tocante, tem personagens principais e secundários com tramas reais, sem exagerar ou mascarar a complexidade desta doença. É um ótimo filme para assistir e pensar tanto sobre questões sociais quanto sobre sua saúde cognitiva, já que mesmo sem cura, o melhor tratamento contra o Alzheimer é a prevenção. Ficando a pergunta para você leitor, o que fez hoje pelo seu cérebro? 

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Fonte: Pippoca

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